Em Angola tudo que é absurdo e inexplicável é normal. Os desmaios nas escolhas iniciaram em 2009 e nesta altura fizeram-se acusações de que a polícia nacional estava a ensaiar a utilização de produtos tóxicos a serem empregues contra os manifestantes. Não passou tudo de uma ignorante especulação dado que os desmaios continuam, e aumentaram, e ainda não foram dadas explicações científicas para se esclarecer as causas deste absurdo e estranho fenómeno que está a afectar milhares de raparigas, colocando os encarregados de educação em desespero e sem saber o que fazer.
O clima que se vive nas escolas em Angola é de medo e pânico total e a pergunta que os alunos e respectivos encarregados de educação se colocam é: qual será a próxima escola e quem serão as próximas vítimas? Os responsáveis e professores nas escolas estão completamente impotentes face à violência destes ataques de desmaios e também não sabem o que fazer. Na verdade, não foram preparados para lidar com fenómenos deste tipo. Encarregados de educação apavorados questionam a segurança e o bem-estar das suas filhas e netas nas escolas. Não sabemos o que está acontecer e ninguém diz absolutamente nada. O pior de tudo é que ninguém sabe os efeitos e as consequências imediatas e a longo prazo destes na vida das raparigas.
Os ataques de desmaios acontecem sucessivamente, depois fingem desaparecer, mas logo de seguida voltam a aparecer com maior violência e distúrbios. Tristemente, não existe nenhuma seriedade e preocupação por parte das autoridades políticas e entidades religiosas em abordar o problema e encontrar soluções. Tudo parece muito normal e aceite porque não são as suas filhas e netas directamente afectadas, caso contrário já teriam sido tomadas medidas mais coerentes e consistentes.
Quais são as causas, razões e motivações destes ataques de desmaios? Quais são
os elementos que propiciam os mesmos? Porquê só as raparigas de 13-18 anos?
Porquê afecta somente as alunas e não as professoras e funcionárias? E porquê
que o mesmo não acontece nas universidades?
A Ciência não tem resposta e muito menos soluções
A ciência (medicina, psicologia, psiquiatria, criminologia, etc…) não conseguiu, até ao momento diagnosticar a causa destes desmaios nas escolas. As suas teorias científicas de que estes são sintomas provocados por diversas patologias ou mesmo perda transitória da consciência e consequentemente da postura devido à redução da irrigação de sangue para o cérebro e que a recuperação é sempre espontânea”, não justifica a contínua e implacável onda de desmaios. Descabidamente, o governo decide envolver o SIC num problema onde a ciência criminalística não vai conseguir encontrar o criminoso com olhos humanos. Estes ataques de desmaios não têm nada a ver com crimes ao alcance dos olhos ou conhecimentos humanos, pois, de outro modo, depois de 10 anos já teríamos as explicações das causas, e com certeza as soluções.
Os encarregados de educação precisam de respostas urgentes e já. Em 2011 o
então Presidente da República criou uma comissão de inquérito para investigar o
problema dos desmaios colectivos em massa nas escolas. Como sempre, maltrataram
e desrespeitaram o povo e, 10 anos depois, nenhum relatório foi tornado público.
No entanto, gastou-se dinheiro público, ou melhor dinheiro do povo cujas filhas
e netas são as vítimas directas.
Onde está o problema, nas escolas ou no país?
O fenómeno de desmaios não acontece só em Angola. Escolas na Tanzânia,
Moçambique, Portugal e Reino Unido já foram atacadas com desmaios de raparigas.
Tanto na Tanzânia como em Moçambique, as comunidades afectadas e as próprias
autoridades chegaram à conclusão que a origem dos ataques de desmaios eram
espirituais e como tal, necessitou de soluções espirituais, e conseguiram
resolver o problema á sua maneira.
A palavra de Deus em Salmos 33:12 afirma: “Abençoada é a nação cujo Senhor é
Deus, o povo que Ele escolheu para a sua herança.” Angola, como nação
independente, foi edificada em alicerces do ateísmo, onde a negação da
existência e soberania de Deus sobre toda a criação era a ideologia política de
governação sobre o povo de Deus. Muitos cristãos tiveram que renunciar à sua fé
como condição para poderem ascender política e militarmente. Angola como nação
independente foi construída na idolatria repressiva do Marxismo-Leninismo e
contra Deus. Depois da instalação da “utópica” democracia em 1992, Angola
estabeleceu-se como um estado “laico.” Por outras palavras, um “estado pagão”
que não reconhece a existência, essência e soberania de Deus na vida política e
governativa do país. Por isso, Angola não é um país cristão, mas sim governado
por um sistema ateu e pagão ao mesmo tempo.
O problema dos ataques de desmaios nas escolas é um problema de dimensão
espiritual satânica, demónica e perigosa. Ninguém na sua ignorância ou falta de
entendimento deve ignorar a seriedade do problema e as consequências nefastas
para a vidas das raparigas, agora e no futuro. Porquê que as crianças são
atacadas nas escolas e não em suas casas? Uma das experiências por onde passam
as vítimas é que, quando se recuperam, ficam como pessoas demoniacamente
possuídas. Elas dizem que sentem estarem a ser apertadas por alguém, depois o
corpo começa a doer, e ficam sem ar. A seguir sentem que estão a ser forçadas a
fazer algo e logo desmaiam. E quando se levantam mostram a aparência de estarem
com espírito e comportamentos de outra pessoa.
O objectivo primário e mais grave dos ataques de desmaios é o ensaio de
iniciação demoníaca que o mundo espiritual satânico está a fazer nas raparigas.
Isto é sustentado pelo facto de que as alunas afectadas apresentam sempre
comportamentos variáveis e anormais, algumas se tornam excessivamente violentas
contra colegas que procuram assistir, outras proferem palavrões muito baixo e
outros ficam muito fracos, como se estivessem a acordar de uma dose excessiva
de soníferos ou bebedeira, e demonstram excessivo cansaço como se tivessem
realizado um trabalho árduo ou viajado para muito longe. O mais interessante é
que nenhuma das raparigas levadas para os hospitais tiveram um diagnóstico
conclusivo que identificasse uma doença específica ou inalação tóxica.
O segundo objectivo, não menos importante, é o de prejudicarem a educação das
raparigas, produzindo problemas sérios de aprendizagem e assimilação, ao ponto
de reprovarem ou mesmo abandonarem a escola e desistirem da sua formação,
tornando-se analfabetas e à mercê destas forças espirituais da maldade e do
subdesenvolvimento. Muitos pais e avós já pensam retirar as suas filhas das
escolas e mantê-las em casa, pois não existem garantias de segurança nas
escolas.
As questões por detrás dos ataques de desmaios não podem ser explicadas na
lógica ou teorias da ciência humana e muito menos entendidas naturalmente.
Segundo, a palavra de Deus em 1 Coríntios 2:6 -14 claramente afirma que “as
coisas espirituais só são discernidas (compreendidas) espiritualmente e por
pessoas espirituais e não naturais.” Todos nós sabemos que, até certo ponto, é
tabu e atrasado falar-se de coisas espirituais num país onde a religião pagã do
materialismo sustenta a sua política e governação.
Então, senhores governantes, ilustres cientistas expliquem-nos o que é que está
acontecer com as nossas filhas e netas nas escolas? Se um dia as raparigas
forem atacadas com desmaios e um número delas não acordar, de quem será a
responsabilidade?
A causa dos desmaios, não está nas escolas, mas sim no tipo de governação que
acorrentou espiritualmente o país a 44 anos. O ateísmo e paganismo que construíram
os alicerces desta nação são a causa principal destes ataques de desmaios.
Angola é um país em que as forças espirituais da maldade procuram o seu domínio
absoluto e por isso necessitam de adeptos e membros. Os altares demoníacos da
idolatria e feitiçaria estão a ser construídos em todo canto desta nação, e já
não é segredo nenhum. Com o beneplácito, conivência e cumplicidade das
autoridades estas práticas nefastas e antissociais e contra o desenvolvimento
são gratuitamente exibidos na televisão pública como propaganda e publicidade.
Está mais do que claro que em Angola a feitiçaria é tolerada, acomodada e
protegida, enquanto igrejas cristãs são perseguidas, reprimidas e encerradas
por um governo que não conhece nem teme a Deus.
A palavra de Deus em Oseias 4:6 afirma que “o meu povo está sendo destruído por
falta de conhecimento.” A única maneira de vencermos estes ataques de desmaios
nas escolas é conhecermos e vivermos a Palavra de Deus. Jesus é o Caminho, a
Verdade e a Vida (João 14:6). O problema não será resolvido pela ciência e
muito menos pelas comissões de inquérito ou investigações. O problema é sério e
os verdadeiros sacerdotes de Deus não podem continuar mudos nem surdos.
A Igreja de Jesus Cristo precisa clamar por um avivamento bíblico e espiritual
para Angola. A igreja precisa ser mais evangélica, comprometida e cumpridora da
Palavra de Deus e ser menos fanáticas e cegas nos seus dogmas denominacionais.
A Igreja precisa viver ao extremo da sua fé a revelação da Palavra da palavra
de Deus e não ficar cega pela letra. Os verdadeiros profetas de Deus (não
adivinhadores) precisam de perder o medo, serem mais corajosos e obedientes à
voz e vontade de Deus, e falarem a verdade ao povo e aos governantes deste
país. A Igreja precisa ser mais imitadora de Jesus Cristo do que de suas
tradições.
Os altares espirituais do ateísmo, materialismo, paganismo e feitiçaria que
foram edificados nesta nação e que agora atacam as nossas filhas e netas nas
escolas devem ser renunciados, denunciados e destruídos com orações, jejuns,
vigílias e uma busca verdadeira de Deus. Angola necessita urgentemente de uma
visitação e ministração do Espírito Santo. Os pais e avós devem categoricamente
rejeitar que as nossas filhas e netas sejam cobaias de iniciações demónicas e
introduzidas no mundo satânico da bruxaria simplesmente por causa da
incapacidade das autoridades.
Exortação e recomendação para as autoridades:
1. O Governo Angolano deve publicamente renunciar e abandonar o ateísmo,
materialismo e paganismo como princípios e valores ideológicos e políticos e de
governação de Angola;
2. O Governo de Angola deve cessar imediatamente a perseguição, restrição,
repressão e destruição do direito de liberdade religiosa e de culto com
aprovações de leis inconstitucionais e intencionalmente discriminatórias e
subtilmente repressivas;
3. As várias confissões e comunidades da Igreja de Jesus Cristo, individual
e/ou colectivamente deve urgentemente proclamar dias, semanas e meses de
orações sem limites, jejuns e vigílias, e buscarmos uma verdadeira conversação
e arrependimento da desgraça, dor e sofrimento que nos assola espiritual e
materialmente (incluindo a corrupção);
4. O Governo Angolano crie e aprove legislações e decretos para perseguir,
reprimir, restringir e destruir a crença e prática da feitiçaria assim como faz
com as igrejas que não da sua preferência e conveniência.
Não existe outro caminho e as autoridades não são obrigadas a crer. Mas as
nossas filhas e netas não podem continuar a sofrer estes ataques de desmaios
nas escolas sem alguém assumir a responsabilidade.
Texto do Pastor
Elias Mateus Isaac
Fonte: Club -k
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