
Um grupo de empresários ligados ao Comitê Central do MPLA está em vias de adquirir 25% das participações da UNITEL, até então pertencentes a multinacional luso-brasileira OI, que atua no ramo das telecomunicações e tecnologias de informação. O grupo composto por quatro empresários está constituído em forma de uma consorcio na qual está também um “testa de ferro” com acesso ao palácio presidencial.
PR a caminho da Rússia para fechar acordo.
No passado mês de Agosto, o ministro das relações exteriores, Manuel Domingos Augusto citado como parte interessada no processo negocial esteve na Rússia para contactos com responsáveis do banco russo Sbersbank, a entidade financeira que irá disponibilizar os fundos para se efectuar o pagamento a multinacional luso-brasileira OI. Nos próximos dias, o Presidente da República, João Lourenço será aguardado na cidade russa, Sotchi, para dar a bênção a operação da compra das ações da OI.
“Há a expectativa de que a venda da participação da Oi na Unitel seja anunciada em breve. O comprador deve ser mesmo a petroleira angolana Sonangol, uma vez que outra potencial compradora, Isabel dos Santos, fez oferta mais baixa pelo ativo”, escreveu há dois meses o portal brasileiro “Telesintese”,
De acordo com pesquisas, as autoridades angolanas preveem até próximo ano passar as acções de MS Telecom na UNITEL para privados no quadro do processo de privatização que o governo leva a cabo. Depois desta operação, o grupo de empresários ligados ao circulo presidencial deverá ter o controlo de 50% das ações na UNITEL assinalando-se, assim, o fim da influencia de outros dois sócios, Leopoldino Fragoso do Nascimento e Isabel José dos Santos.
Segundo estimativas, a compra das ações da OI por parte do grupo de empresários angolanos recorrendo a fundos públicos, poderá gerar constrangimento as autoridades, uma vez que a operação está a ser feita com recurso a fundos públicos, da Sonangol. Por outro lado, personalidades que acompanham o processo, alegam tratar-se de uma estratégia do governo de João Lourenço em ter o controlo da maior empresa privada de telecomunicações do país
Fonte: club-k