
ANÁLISE DE MAMADOU DIOUF SOBRE A DETENÇÃO DOS MEMBROS DO MIC E DO PROBLEMA DE CABINDA
Tal como na República de Angola, existem analistas no resto do mundo que abordam o “Problema de Cabinda” de forma desapaixonada trazendo sempre a verdade ao de cima!
Um destes analistas é o Senhor Mamadou Diouf que ao ser convidado pela estação televisiva New World Tv (Togo), não deixou de evidenciar essas verdades ao analisar a questão que centrou-se na detenção e libertação dos membros do Movimento Independentista de Cabinda – MIC que tentaram participar na Marcha Pacífica para a comemoração de mais um aniversário da assinatura do Tratado de Simulambuco no período de 2019-2020.
Ao dar início à sua locução Mamadou Diouf chamou à atenção do jornalista que o Território de Cabinda “foi um Protectorado Português” e “Angola sim uma colónia portuguesa”. Apesar de ser ignorada essa verdade importa aqui ainda realçar que o Território de Cabinda formalmente continua a ser um protectorado português em virtude de ser órfão da descolonização do ultramar português como revelou e muito bem o Dr. Raul Tati na sua mais recente obra histórica sobre Cabinda.
“O Território de Cabinda e Angola passaram a estar mais próximos quando Portugal entendeu nomear um único governador para os dois territórios em 1956”.
Angola se beneficiou da sua independência alcançada em 1975 para anexar o Território de Cabinda Manu Militarmente e após desse acontecimento os Cabindenses nunca concordaram com à anexação e têm lutado para à sua independência que num passado recente beneficiaram da ajuda de Mobutu Sese Seco, ex-presidente da Zaire(RDC). E hoje estão destacados em Cabinda mais de 30 mil militares das Forças Armadas de Angola – FAA.
“Se Angola é considerada hoje o segundo maior produtor de petróleo na África Subsariana, atrás da Nigéria é graças ao Território de Cabinda que detém mais de 60% da sua produção petrolífera”. É importante ainda aqui referenciar que em Cabinda não tem somente petróleo, tem ainda ouro, diamante, imensas quantidades de fosfato e mais de 100 milhões de reservas petrolíferas.
E por essa razão é que se Cabinda deixar de ser parte integrante de Angola, Angola poderá enfrentar uma situação financeira extremamente difícil.
E hoje o Território de Cabinda vive sob uma pobreza extrema e custa crer que é esse território que possui um mar de recursos naturais”.
Sobre os Movimentos Independentista, reconheceu haver opiniões diferentes sobre o futuro político do Território de Cabinda, mas assegurou que ainda existem outros que continuam com armas na mão em prol da independência do Território de Cabinda.
Obs: analise feita em língua francesa que pode ser acompanhado no link abaixo:
Texto de Magaliza Zola
Cabinda, 06.04.2020
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