Os factos que correm na arena política em Angola levam que, tragamos a baila o desvirtuar dos valores elementares de uma sociedade sadia.
O Activismo é sacerdócio e não meio para atingir fins, por isso assenta em valores como a integridade ideológica e convicções inalienáveis, porém muitos chamados activistas em Angola não passam de meros comerciantes de manifestações para colmatar as adversidades da vida dolosamente arquitetada pelo MPLA.
Um activista é um ser movido pela sensibilidade e convicções, portando identifica-se com uma causa e vive defendendo a mesma com ideias, conhecimentos sólidos, argumentos e firmeza que o leva a desmitificar conceitos e desconstruir paradigmas.
Um activista encarna o sofrimento do povo e luta arduamente para livrá-lo do genocídio social e econômico, porquanto viver para o bem comum é definida como sua premissa de vida.
A estratégia do MPLA em coptar consciências e descredibilizar oponentes ou cidadão com senso analítico-crítico emana da sua essência, porém só tem preço quem é sem carácter e não sabe porque luta.
Ao MPLA não se estranha, porque é da natureza do mesmo partido desgovernar, comprar a liberdade de pensamento dos cidadãos com dinheiro público, mas os que se vendem são a pior espécie porque vendem as almas dos angolanos que morrem nos hospitais por falta de assistência médica e medicamentosa, desemprego, fome, futuro adiado, miséria extrema.…
O MPLA criou a pobreza sistemática e o desemprego acentuado para tornar o povo vulnerável, com isso facilmente se manipula os cérebros, mas mercantilizar as manifestações para a sobrevivência é a pornografia social mais bizarra para um cidadão que mostrava ter convicções para o bem.
Quem não sabe porque luta, jamais será consistente e coerente com os desígnios de que se propõe a levar a peito.
Mesmo que se queira justificar o injustificável, A TPA ao serviço do MPLA jamais daria conferência de imprensa aos activistas sem que estes tivessem colaboração com partido que prestam subserviência.
É deveras preocupante que jovens na flor da idade, sepultem a sua reputação e personalidade social por dinheiro que já o pertencia.
Quando uma ditadura está no descalabro, carrega consigo os menos atentos e quem não perceber o curso dos tempos tornar-se-á o berço do arrependimento social para a vida toda.
Nélson Dembo
(Gangasta)
Foto cortesia FB