Mohamed Ould Abdel Aziz, ex-presidente da Mauritânia, foi detido esta terça-feira por suspeitas de corrupção. O ex-chefe de estado foi indiciado em Março, juntamente com outras personalidades nacionais, por supostos actos de corrupção, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito durante os anos em que governou o país.
O antigo presidente, que comandou a Mauritânia entre 2009 e 2019, e que estava em prisão domiciliária, foi preso dias depois de se ter recusado a continuar a apresentar-se na polícia. O ex-presidente estava sob supervisão judicial, bem como dois ex-primeiros-ministros, vários ministros e empresários.
O Ministério Público congelou e apreendeu empresas, veículos e montantes que ultrapassam os 96 milhões de euros. 67 destes foram desviados por um dos suspeitos e 21 milhões pelo genro do presidente.
Mohamed Abdel Aziz chegou ao poder através de um golpe militar em 2009 e foi reeleito em 2014, mas devido às polémicas tem vindo a perder credibilidade.
Apesar disso, o ex-presidente descarta o caminho do exílio e admite estar a ser perseguido na tentativa de mantê-lo fora da política. Mohamed Abdel Aziz admite que não o farão desistir e que vai lutar na justiça.
FRI