Afirmação de Kasu Alexandre – activista independentista de Cabinda, que falava à DW sobre a Vigília de protesto do passado 01 de Março para a libertação dos membros do MIC que se encontram nas masmorras do MPLA em Cabinda. Vigília que foi fortemente reprimida “com a detenção de 13 pessoas”, mas que depois foram postos em liberdade.
Vamos aceitar entrar nas cadeias, porque acabaremos por passar pelo tribunal. E, o tribunal, vamos levar o governo angolano a saber que Cabinda não é Angola! Talvez a solução do problema de Cabinda partirá aqui do tribunal de Cabinda!
Março 13, 2019
Em Angola fala-se numa “nova era” com a liberdade para protestar.
Nos últimos meses, tem havido várias manifestações, como as de Luanda, em Novembro de 2018 “jovens protestaram contra a operação resgate”, a de Fevereiro de 2019 dos médicos que marcharam para pedir melhores condições de trabalho e tantas outras, isto do Zaire ao Cunene.
Mas em Cabinda “o território ocupado” persiste a opressão e a repressão das manifestações por parte das autoridades angolanas que continuam a deter, intimidar e aprisionar os activistas que ousem em se manifestar.
Como o caso dos mais de 70 activistas que queriam protestar de forma pacífica, apesar de alguns terem sido postos em liberdade, a perseguição contínua como o caso do activista Jeovanny Ventura, afecto a Associação para Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos – ADCDH que foi vítima de detenção arbitrária no pretérito dia 08 de Fevereiro, por ordens do Delegado da Justiça e dos Direitos de Cabinda.
Apesar de ter sido posto em liberdade no dia 11 do passado mês de Fevereiro, os Serviços de Investigação Criminal – SIC, em Cabinda, privaram os seus meios pessoais; (três telemóveis, 1 modem para internet, 1 pen drive, livros diversos, um cartão multicaixa e o bilhete de identidade angolano), está ainda proibido de sair da cidade de “Tchiowa” ou seja não pode se deslocar às outras regiões do território de Cabinda.
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