REFUGIADOS DE CABINDA EM NLUNDU MATENDE CONTINUAM SOB ATAQUE

Das Forças de Defesa e Segurança de Angola, que voltaram a espalhar terror em “Nlundu Matende” o Campo dos Refugiados de Cabinda na RDC, na noite de 10 a 11 Setembro de 2019, segundo testemunhas locais, os invasores destruíram a residência do Senhor Ambrósio Binda mais conhecido por “PEPE”, que só não foi morto ou capturado pelas tropas angolanas, por ter escapado atempadamente.
As Forças Armadas Angolanas (FAA), continuam sistematicamente a violar as soberanias da RDC e do Congo Brazzaville, sob protesto de perseguição dos militares da FLEC FAC que acusam de possuir bases militares nos dois Congos. Pois o Campo dos Refugiados de Cabinda “Nlundu Matende”, também foi atacado, igualmente na noite de 07 a 08 de Setembro de 2019, conforme noticiamos recentemente.
De realçar que a saga dos ataques aos campos dos refugiados de Cabinda nos dois Congos por parte das forças de defesa e segurança de Angola, se intensificaram desde Abril do corrente ano como confirmaram os órgãos de imprensa local.
POR MBEMBU BUALA
Neste sentido, é imprescindível a proatividade das organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, pois cidadãos e Refugiados de Cabinda, continuam a perder a vida fruto destes ataques e muitos foram forçados a deixar o seu local de residência por temerem pelas suas vidas.
O cidadão e refugiado de Cabinda, Francisco Malonda Gomes “Masuwa”, cidadão e refugiado de Cabinda, perdeu a vida no dia 18/08/19, fruto do ataque do dia 15 de Agosto de 2019, em Nlundu Matende, região de Lukula no Kongo-Central na RDC.
O cidadão e refugiado de Cabinda, Rafael Gomes Lelo, mais conhecido por RAFA, de 52 anos de idade, perdeu a sua vida no ataque das FAA, do dia 09 de Julho de 2019, contra os refugiados de Cabinda no Congo Brazzaville. Para não falar do número indeterminado de cidadãos e refugiados de Cabinda que foram forçados a deixar as suas casas e os que estão desaparecidos nos dois Congos.
Neste entretanto, apela-se à Comunidade Internacional, em particular às Nações Unidas, a União Europeia, a União Africana e as organizações internacionais de defesa dos direitos Humanos a pressionar o governo Angolano a desistir deste acto de violação do direito à vida do povo de Cabinda, pois estes actos são irrefutavelmente crimes de guerra perpetuado contra um povo indefeso por lutar pacificamente pelo seu direito natural à Autodeterminação.
Texto de Baveka Mayala
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