CASOS SUSPEITOS DE COVID-19 NO MALONGO FORÇAM VISITA SECRETA DE SÍLVIA LUTUCUTA À CABINDA

MBEMBU BUALA PRESS

Malongo, o Campo Petrolífero do Território de Cabinda, já conta com dois casos suspeitos de Covid-19 (Coronavírus), segundo avançou à MBEMBU BUALA PRESS uma fonte local.

Um dos casos suspeitos é de um cidadão português que presume-se ser funcionário da empresa “Algoa” sediada na Base do Malongo que regressou recentemente de Portugal, mas desconhece-se a identidade e a empresa do segundo caso suspeito, assunto já do domínio das autoridades de Luanda.

Que pela gravidade da situação fez deslocar ontem 19 de Março de 2020, Sílvia Lutucuta, Ministra da Saúde de Angola ao Campo Petrolífero do Malongo no período diurno para constatar “in loco” à situação, muna vista relâmpago.

Sílvia Lutucuta, no Campo Petrolífero do Malongo, reuniu-se com a direcção da Chevron (CABGOC) de forma restrita, onde analisou as medidas à tomar sobre os dois casos suspeitos cujo os resultados poderão ser divulgados hoje (20.03.2020) de forma oficial, avaliou ainda o grau de implementação do plano de emergência decretado pela Chevron sobre a prevenção do Covid-19 e bem como visitou algumas bases sediadas no Campo.

Sabe-se que as autoridades locais em Cabinda também já anunciaram medidas restritivas para conter a propagação da Pandemia no Território, principalmente no Campo Petrolífero do Malongo que já foi devidamente isolado. Sendo que a empresa Total lidera os casos suspeitos no ramo petrolífero em Angola.

Neste preciso momento as empreiteiras só têm direito de entrada no Campo Petrolífero do Malongo de seis funcionários, segundo o plano de emergência da Chevron (CABGOC). E enquanto se aguarda pela chegada do material de protecção encomendada por uma das empresas associada da CABGOC, os funcionários autorizados continuam à circular no Campo devido as operações, sem luvas e mascaras próprias para o efeito.

APESAR DA RECUSA DAS AUTORIDADES ANGOLANAS O SITE WORLDOMETERS.INFO, CONFIRMA À EXISTÊNCIA DE UM CASO DE COVID-19 EM ANGOLA, APESAR DE NÃO INDICAR A LOCALIDADE ONDE SE ENCONTRA O INFECTADO.

Uma situação realmente preocupante sobre à ocultação de possíveis casos de Coronavírus em Angola, que tem merecido a reacção de muitos activistas como o caso de Florindo Chivucute, presidente do Friends of Angola (FOA), na rede social facebook.

“Se é verdade que existem casos de pessoas infetadas em Angola e a pessoas dentro do governo a ocultar esta informação, em situações normais e em países democráticos, os mesmos indivíduos teriam que responder perante a justiça por colocar em causa a vida dos angolanos e de ocultar informação pública ao mundo”.

CONFIRA AQUI AS MEDIDAS ESPECIAIS CRIADAS NAS FRONTEIRAS EM CABINDA E AVANÇADAS PELA ANGOP

As autoridades sanitárias e dos serviços de migração e estrangeiros em Cabinda (SME) criaram medidas especiais nas fronteiras de Massabi e Yema, para o controlo dos cidadãos estrangeiros, devido à propagação do Covid-19 no mundo.


Na fronteira de Massabi, a norte de Cabinda com a cidade de Ponta-Negra, República do Congo Brazaville, foi colocada uma equipa de três inspectores de saúde munidos de dispositivos de medição de temperaturas (termómetros), desinfectantes para lavagem das mãos, máscaras e ambulância do Instituto Nacional de Emergências Médicas de Angola (INEMA).

Em declarações à Angop, o inspector da saúde em Cabinda, João Simão Jorge, disse que o movimento de entrada ao país de estrangeiros e não só tem merecido atenção redobrada, com diagnósticos recomendados como a medicação da temperatura para detectar indícios de febres altas e, caso haja suspeita, evacuar de imediato para a zona de quarentena na cidade de Cabinda.

O responsável informou que no dia 24 de Fevereiro deste ano foi recusada a entrada, em Cabinda, de um cidadão chinês, proveniente da China, numa medida conjunta com os especialistas do SME no Massabi, como acto de prevenção.

Nesta acção, sublinhou que o cidadão chinês que se deslocou a Massabi a fim de recepcionar seu co-cidadão encontra-se em quarentena na sua residência na cidade de Cabinda por ter mantido contacto com o seu colega.

“Essa tem sido a nossa acção, uma vez que a cidade congolesa de Ponta-Negra, tem um aeroporto internacional, onde voos vindos da Europa fazem este destino e transportam muitos cidadãos europeus, uns com destino à província de Cabinda, além de turistas que passam com seus meios”, disse.

Para o SME, foram igualmente redobradas as medidas de controlo e fiscalização de cidadãos estrangeiros portadores de passaportes que entram via fronteira de Massabi.

Na nota de imprensa do gabinete institucional e imprensa da direcção provincial do SME em Cabinda, chegado a Angop, indica que de Janeiro a Fevereiro deste ano registou-se um movimento de entrada para o país, através da fronteira terrestre de Massabi, 416 cidadãos estrangeiros, com passaportes normais, 56, com vistos de turismo e negócios (VTN) emitidos localmente.

Os europeus, de países como britânicos, franceses, portugueses, chineses e holandeses são os que mais usam a fronteira terrestre de Massabi, vindo de Ponta Negra (República do Congo), sendo que os africanos são geralmente cidadãos de nacionalidade congolesa, gabonesa, mauritaniana e namibiana.

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