
Parece estarem por um fio os Acordos rubricados em 1997, entre o executivo angolano (na altura liderado por José Eduardo dos Santos) e Denis Sassou Nguesso que permitiram a este último regressar ao poder por meio de um golpe de estado.
O já débil e moribundo “poder militar” de Angola foi abusivamente usado por longos anos para pressionar Sassou Nguesso, a título de exemplo as inúmeras incursões militares por parte das Forças Armadas Angolanas – FAA no interior da República do Congo “Brazzaville” em perseguição dos independentistas de Cabinda e dos guerrilheiros da Flec Fac que já ceifaram a vida de muitos Cabindenses, Congoleses e angolanos.
Nunca mereceram à reacção oficial das autoridades de Brazzaville (apesar de o fazerem a porta fechada, a contar pelo número de protestos endereçados ao executivo angolano cessante por intermédio de enviados especiais), diferente da RDC que as tem denunciado ultimamente com frequência incidentes militares das FAA e ao mais alto nível.
Fontes balizadas no assunto destacam que o actual mal estar entre Denis Sassou Nguesso e João Manuel Gonçalves Lourenço está ligado à situação do General Jean Marie Michel Mokoko, principal opositor político de Sassou que recentemente testou positivo ao coronavírus e que só não bateu as botas graças à ajuda que lhe foi prestada clandestinidade por João Lourenço que enviou secretamente uma equipa médica à Brazzaville, uma vez que as autoridades da República do Congo recusaram a evacuação de Makoko e de o prestar cuidados médicos condignos.
De recordar que o General Jean Marie Michel Mokoko cumpre prisão domiciliar em Brazzaville desde Abril de 2016, após ter se candidatado para o pleito eleitor das presidenciais do ano em questão.
Texto de José Kabangu
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