CIDADÃOS NO INTERIOR DE CABINDA, CLAMAM POR MAIS ACÇÕES DA FLEC FAC PARA CONTER EXPLORAÇÃO EXCESSIVA ANGOLANA DO OURO NO MAIOMBE

Os cidadãos que se dedicam à exploração do ouro e de mais minerais no interior do Território de Cabinda estão agastados com as autoridades locais e com as empresas dos chefes que acusam de terem ocupado as suas áreas de exploração (vetando-os qualquer chance de praticar a exploração artesanal), por um lado.

Por outro, por não constatarem na prática, o impacto positivo na vida das populações no interior de Cabinda sobretudo nas regiões de Buco-Zau e Belize desta mega exploração de minerais das terras que alegam serem os legítimos proprietários, sendo uma herança deixada pelos seus antepassados.

Os cidadãos denunciam ainda que muitas dessas empresas pertencem a membros ligados ao governo e aos chefes dos órgão de defesa e segurança angolana e, sendo que muitas destas também estão envolvidas na exploração ilegal de (minerais) em Cabinda, sendo claramente, uma tamanha injustiça, contra o povo de Cabinda, que é vetado a exploração artesanal nas áreas que se seguem:

Belize: Kikumba kongo, Binhenko, Bitina, Vaku II, Massamba, Kindamba, Mbitina, Nsaka, Rio Luáli, Ditadi, Quissoki, Wanda Konde, Nzala de Cima, Dibindo, Tsuko Kingumbi, Wanda Panga, Mbuko Luemba, Nganda Kangu e Mbongo zi Munu.

Buco-Zau: Chivonde, Mongo Mbuko, Sanga Mongo, Pene Cacata, Mbundo, Bingas, Chionzo, Chienze Lite, Binga Grande, Mbembo Mbote, Isizaltina, Kisamano, Mbata Manga e Lufuinde.

Cacongo: Massabi-Manenga, Ngomongo, Chicamba, Lico, Tsisanga, Chimongo, Chilelo, Mandarin, Thando Phala, Ibovo.

Tchiowa: Yabi, Tando Zinze, Lukula Zenze, Chinsua, Cacata, Chinguiguili, Tsinzazi, Chimbuandi e Prata.

A Mbembu Buala – Voz de Cabinda apurou que as autoridades locais emitiram em 2017, licenças de exploração artesanal, que foram distribuídas pelo governo angolano, a um número considerável de citadinos exploradores do (ouro) no Buco-Zau e Belize no período da campanha eleitoral do MPLA.

Não obstante à isso (mesmo com as licenças de exploração), os citadinos das referidas regiões, continuam a ser detidos.

Tal como sucedeu com cerca de 20 jovens que praticavam a exploração do ouro, no Município do Buco-Zau, e, que foram detidos no dia 20 de Setembro de 2019 em Cabinda “Webinho, Dalton, Bob, Andrito, Pedrito (Man-Pepas) e Nox, só para citar estes. Numa operação conjunta levada a cabo por efectivos da polícia angolana, agentes florestais do (IDF), soldados das Forças Armadas Angolanas – FAA e efectivos da Empresa de Segurança Teleservice, esta última que foi contratada por um das empresas que explora ouro naquela região.

Já no Município do Belize, foram detidos no dia 18-10-19, cinco (05) citadinos, igualmente pela polícia nacional angolana, em pleno exercício da actividade. Entre os detidos estavam Marcos Massungo e João Kibembo.

Esses constrangimentos obrigaram cerca de 50 cidadãos à invadirem zonas de exploração do ouro no Buco-Zau na noite do dia 26 de Julho de 2019 , na localidade de Binga, tendo alegado que a exploração era o principal meio de sobrevivência.

Na invasão, os citadinos atacaram o pessoal das empresas que exercem o monopólio de exploração “(i)legal” de ouro e os seus respectivos colaboradores. Houve relatos de feridos e danos matérias, grande parte das máquinas foram incendiadas e destruídas.

Por essa razão os habitantes das zonas visadas sobretudo no interior solicitam mais acções das FAC para conter à extracção excessiva dos minerais de Cabinda pelos angolanos para poderem exercer em paz as suas actividades uma vez que alegam lhes ser vetado a exploração artesanal dos minerais nas terras de são os legítimos proprietários, sendo uma herança deixada pelos seus antepassados.

Texto Magaliza Zola

© 2021 VOZ DE CABINDA.MBEMBU BUALA, PELA VERDADE E JUSTIÇA – CABINDA – ACIMA DE TUDO E DE TODOS.

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