Por ocasião do Dia Mundial do Refugiado celebrado este domingo, 20 de junho, a Amnistia Internacional Portugal esteve de volta à rua, numa vigília pelos direitos humanos, organizada na Praça da Europa, em Lisboa.
Marcada por mais de mil velas espalhadas no chão e por comunicações de ativistas sociais e testemunhos de refugiados, a vigília tinha por objetivo marcar o número de assinaturas recolhidas no manifesto “Eu Acolho” que dentro de dias vai ser entregue à Secretaria de Estado para a Integração e Migrações.
O evento contou com a presença de vários ativistas dos direitos humanos e dezenas de refugiados. Também estiveram presentes representantes do PS, através da líder parlamentar Ana Catarina Mendes, e do PAN, com o deputado Nelson Silva. O Governo fez-se representar pela secretária de Estado para a Integração e as Migrações, Dra. Cláudia Pereira, e o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Dr Francisco André.
“As velas que nunca se apagam em defesa dos refugiados”, escreverá a jornalista Marta Gonçalves do jornal Expresso na sua reportagem sobre o evento.
Para mim, foi uma oportunidade para manifestar a minha solidariedade para com 82,4 milhões de refugiados no mundo e chamar atenção para a questão dos refugiados de Cabinda, em especial nos dois Congos e no Gabão, e a situação das populações do centro e sul de Angola, que têm atravessado a fronteira com a Namíbia, em busca das necessidades elementares, até agora negadas.
São a tragédia de uma minoria que deveria merecer solidariedade, mas a que poucos dão atenção.
Não é sem razão, portanto, em face desta situação, pensar que as atitudes dos governos possam ser modificadas, não só na maneira de ligar com as causas primordiais do crescente número de pessoas forçadas a fugir da sua própria casa como também na maneira de lidar com a questão das minorias esquecidas.
Por José Marcos Mavungo
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