Com a derrota eleitoral do MPLA, em cabinda, em 2017, e com a reabilitação do gabinete de acção psicológica, junto da presidência angolana, em 2018, que vimos assistindo manobras com intuito de estabelecer um núcleo local em cabinda. Para execução desse plano, foram transferidos para Cabinda, alguns supostos nativos, domiciliados em Luanda, aos quais foi confiado à titularidade de gabinetes de comunicação de alguns órgãos locais, cuja finalidade é ajudar a aliciar alguns jovens “críticos” bindas para se inverter os resultados locais eleitorais em 2022.
Fui um dos “abordados”, porém, mais uma vez, declinei essa pretensa revitalização da juventude esclarecida binda, no âmbito duma suposta agenda de emponderamento da juventude nacional.
Coincidência ou não, foi nesse período que comecei, através dos olhos clínicos de contra inteligência que vou assimilando em algumas formações, a notar uma abordagem linguística, completamente, diferente e pró-mpla, em alguns activistas bindas. Sem rodeios, bloqueei de imediato uns, desfiz amizade com outros e suspendi alguns tantos. Estes, ao não me localizarem online, recorreram ao nkhazi LeoTon Geologist LeoTon Mabiala que mo abordou acerca da limpeza que ia fazendo, sem pré-aviso, na minha lista de amizades virtual. Por intercessão deste último, acabei reabilitando uns tantos na minha lista. Todavia, passados uns tantos meses, dei-me conta que tanto nkhazi Mabiala quanto eu estávamos errados e enganados quanto àquela ” reabilitação”. Pelo que, acabei bloqueando-os em definitivo.
Uma das lições que aprendi nas minhas formações no exterior, é o de absorver, acolher, ouvir e incorporar nos comunicados finais de grupo, as vozes que discordam de mim, logo é salutar a discordância entre nós, porém, usar a causa que nos é comum, como meio para acomodação no regime, é das coisas que não tolero.
Meus caros compatriotas, olhemos ao nosso passado para aprendermos a causa dos nossos fracassos afim de os superarmos.
Texto de José Da Costa Binda
MBEMBU BUALA PRESS 