Para assinalar os 44 anos da assinatura do Acordo de Alvor(que anexou o território de Cabinda à Angola), celebrado no Algarve, Portugal, entre a República Portuguesa e os três Movimentos de Libertação de Angola, Maria Manuela Serrano, chamou a nossa atenção para o seguinte:
O acordo de Alvor foi suspenso por Portugal, uns meses depois, porque os 3 partidos angolanos, não respeitaram o acordo.
Assim sendo, o ponto do acordo, que inseria Cabinda em Angola, também ficou suspenso. Além disso, há uns anos atrás, Almeida Santos, deu uma entrevista dizendo, que o Acordo de Alvor, foi apenas um pedaço de papel, que para nada serviu e que acabou no lixo. Assim sendo: Cabinda não pode ser Angola. Mas o problema, agora, é que, a comunidade internacional, que só olha aos seus interesses, reconhece a Angola o direito a Cabinda.
Meus amigos, aviso-vos, porque estou farta de lutar contra prisões, desde os meus 18 anos de idade, tendo agora 63 anos. Não contem com a Comunidade Internacional para nada, que diga respeito a Cabinda.
Não contem que ela vos ajude em nada, nem a soltar-vos, se forem presos. Contém apenas e somente, com a boa vontade de algumas pessoas espalhadas pelo mundo, que não é suficiente. E não querendo que ninguém desista de nada, mas porque a minha preocupação convosco é sincera e genuína, vos digo.
Façam o que fizerem, mas façam-no bem conscientes, pensando sempre o pior e não o melhor. É para depois não se arrependerem. É que este mundo é completamente desumano e não olha, nem a direitos, nem a justiça. Só olha a interesses.
Desejo, de coração, que tudo vos corra pelo melhor. Só vos posso afirmar, de coração, que caso não corra, cá estarei, para gritar, como sempre. Mas a minha voz, sozinha, é muito pequena: é apenas uma gota de água, num oceano imenso de interesses.
Esta é a verdade nua e crua, para a qual, uma verdadeira amiga, não pode, em consciência, deixar de alertar. Abraço amigo a todos e que Deus vos acompanhe e proteja.
Maria Manuela Serrano
Activista pelos Direitos Humanos e,
Membro da Associação do Tratado de Simulambuco.