CABINDA

por @mbembubuala
Por essa razão, João Lourenço, presidente de Angola, reuniur-se de emergência no passado, 05 de fevereiro, com o recém eleito presidente da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, que realizou uma visita de Estado em Angola, à convite do seu homólogo angolano. E está ainda por se agendar nos próximos tempos um outro encontro com o presidente do Congo Brazzaville.
Segundo as nossas fontes, Cabinda e a FLEC FAC, constaram no centro das prioridades, tendo o ramo da segurança, dominado as conversações para a dinamização da nova cooperação bilateral que se pretende entre os dois países.
As preocupações das autoridades angolanas, com relação à Flec Fac têm, respaldo “e não só” nos últimos acontecimento acontecimentos de Janeiro que num confronto directo entre as Forças Armadas de Cabinda “FAC” e as Forças Armadas de Angola “FAA” ceifaram a vida a 12 pessoas, entre militares da resistência armada de Cabinda, civis e soldados angolanos. Que as autoridades angolanas caracterizam de como sendo uma de grande revitalização da Flec Fac o que as tem preocupado e muito.
Apesar de não ter sido referenciado na conferência de imprensa privada entre os dois, as nossas fontes apuraram que a prioridade da cooperação com a RDC recai sobre a problemática do território de Cabinda e os movimentos independentistas Cabindenses, com células independentistas que actuam nos dois Congos, apesar dos obstáculos das autoridades destes países. Ordem pública, migração, comércio e transfronteiriço foram outras áreas apontadas como sendo possível intensificar a cooperação entre os dois países. “Se formos pragmáticos, acredito que todos venceremos, paulatinamente vamos ultrapassar alguns desafios comuns”, afirmou o presidente de Angola.
João Lourenço sublinhou ainda que os dois países podem partilhar experiências para superarem desafios, entre eles a falta de infraestruturas, a eletrificação, a industrialização e o desemprego, além de ter partilhado que acredita que a Angola e a RDC têm muito para oferecer e a ganhar um com o outro. Foi a primeira visita de Félix Tshisekedi ao estrangeiro na qualidade de Presidente da RDC, desde a tomada de posse, a 24 de janeiro. Tshisekedi garantiu que a RDC está a entrar num período de estabilidade e alternância no poder, tendo afirmado que as gerações anteriores nunca tiveram este privilégio.
No que diz respeito ao reapatriamento de cidadãos estrangeiros ilegais, com realce para os seus concidadãos, durante a “Operação Transparência”, o Presidente da RDC referiu ser legítimo que Angola proteja as riquezas, mas defendeu que as expulsões devem ser feitas com dignidade, tendo assim pedido “mais respeito e dignidade” às autoridades angolanas no processo de expulsão dos seus cidadãos do território angolano.
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