Ser activista “cívico e político” em Cabinda é igual que ter o certificado de óbito assinado!
A VOZ DE CABINDA

mbembubuala
Março 08, 2019
De um tempo a essa parte as autoridades angolanas em Cabinda, intensificaram o cerco aos activistas de Cabinda que passaram a ser alvos em movimento e inimigos públicos número um do regime angolano liderado pelo MPLA.
E o exemplo concreto deste, cerco e perseguição é do activista cívico Jeovanny Ventura, afecto a Associação para Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos – ADCDH que foi vítima de detenção arbitrária do regime Mpelista no pretérito dia 08 de Fevereiro, por ordens do Delegado da Justiça e dos Direitos de Cabinda.

Apesar de ter sido posto em liberdade no dia 11 do passado mês de Fevereiro, os Serviços de Investigação Criminal – SIC, em Cabinda, privaram os seus meus pessoais; (três telemóveis, 1 modem para internet, 1 pen drive, livros diversos, um cartão multicaixa e o bilhete de identidade angolano), constam ainda que só lhe foi devolvido o passe do serviço e está proibido de sair da cidade de “Tchiowa” ou seja não pode se deslocar às outras regiões do território de Cabinda, devido a medida de coação ilegal que lhe foi aplicado “ termo de identidade e residência”.
Importa realçar que a detenção de que foi vítima é ilegal e logo apropriação dos seus meios pessoais é um sinal claro da imposição da lei marcial no território de Cabinda, contra os activistas cívicos e políticos, não só por pensarem diferente, mas também por defenderem a verdade!
De recordar que Joevanny Ventura, foi alvo de perseguição por parte dos efectivos do SIC no dia “05/01/19” em Cabinda, que usaram duas viaturas de marca TOYOTA LAND CRUISER com vidros fumados com as seguintes matrícula: LD–74–37–FS e LD–89–85–AZ e tendo sofrido ainda uma tentativa de detenção no dia 01 de Fevereiro a quando da realização marcha organizada pelo MIC.
Contudo, estas são as represálias que os ativistas continuam a sofrer em Cabinda. São constantemente escrutinados e agredidos. Estes actos, não visam garantir a ordem pública. Mas sim a violação das suas liberdades. Com isso, o regime angolano vai manchando cada vez mais a sua imagem que já é imunda.
Porque violar o direito de um povo que quer viver livremente, é um acto severamente condenável segundo o direito internacional.
Pelo que pedimos ao regime angolano, liderado pelo Senhor João Lourenço, que deixe os Cabindas viverem e exercerem os seus direitos conforme exigem as normas internacionais.
Por Magaliza Zola
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