SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA EXTERNA DE ANGOLA – SIE, RAPTA CIDADÃO DE CABINDA NA RDC

E segundo se sabe, organizações de Cabinda, defensoras dos direitos do povo de Cabinda, na diáspora, brevemente apresentarão uma queixa crime às autoridades judiciais internacionais, contra o General angolano, José Caetano de Sousa “Zé Grande”, Chefe dos Serviços de Inteligência Externa – SIE, por ter sido o autor principal desta acção, por violação das convenções internacionais sobre a proteção de refugiados.

Este assunto é muito delicado pela gravidade dos factos e dos respectivos intervenientes e custa nos crer que as autoridades da República Democrática do Congo – RDC (hoje), continuarem à ajudar o governo angolano e o MPLA à exterminar o povo de Cabinda que luta por uma causa justa e que num passado, recente as autoridades desta nação irmã, não só reconheceu o direito do povo de Cabinda à Autodeterminação e bem como da sua soberania, oficialmente.

Segundo uma fonte local, o triste acontecimento teve lugar no período de Março à Abril do corrente ano.

Após a chegada ao poder na RDC, Félix Antoine Tshisekedi Tshilombo, que decidiu amnistiar a grande maioria dos presos políticos, condição em que se encontrava o compatriota Chris Mabiala, ex-chefe adjunto das Forças Armadas Cabindesas – FAC, na era de Henriques Nzita Tiago, líder histórico da Flec Fac, que se encontrava detido em Kinshasa, há mais de um ano. Local onde residia como refugiado, com a sua respetiva família.

Chris Mabiala

Segundo ainda se sabe, foi detido e preso ilegalmente, em 2018, pois mesmo, residindo na RDC na condição de refugiado de Cabinda, não deixou de exprimir os seus ideias independentistas sobre Cabinda, o que incomodava as autoridades da RDC, na altura lideradas por Joseph Kabila Kabange “Hypolite Kanambe”,  o fiel aliado de José Eduardo dos Santos, que por várias vezes tentou o transferir para Angola, o que não aconteceu graças à pronta intervenção do Escritório das Nações Unidas, com sede na RDC.

O improvável veio acontecer justamente, com a chegada de Félix Tshisekedi ao poder, fontes familiarizadas ao assunto, afirmam que as autoridades angolanas, pressionaram-no para que Mabiala fosse transferido para Angola, tendo em conta que Tshisekedi se preparava para o libertar, no período de Março à Abril do corrente ano.

Sabe-se também que esforços foram envidados juntos das autoridades congolesas pelas comunidades cabindenses, quer na RDC e República do Congo, para que o mesmo fosse restituído à liberdade para que o pior não viesse acontecer.

Infelizmente, que veio acontecer em Abril do corrente ano, quando as autoridades congolesas, finalizaram secretamente, os detalhes com Angola sobre a transferência ilegal de Chris Mabiala do seu território, para Luanda.

Apurou-se ainda, que esteve directamente envolvido no processo da transferência ilegal de Chris Mabiala, da RDC para Angola, o General angolano, José Caetano de Sousa “Zé Grande”, Chefe dos Serviços de Inteligência Externa – SIE que se deslocou neste período (Março – Abril) à capital da RDC e levou pessoalmente o cidadão cabindense da RDC para Angola de forma ilegal, pois este é detentor de uma protecção internacional no âmbito do direito internacional dos refugiados e requerentes de asilo político. As autoridades congolesas, infelizmente, deixaram-se levar devido aos petrodólares, pois Angola, teve que desembolsar avultadas somas monetárias, para concretizar o referido acto ilegal, com a cumplicidade da RDC.

E segundo se sabe, organizações de Cabinda, defensoras dos direitos do povo de Cabinda, na diáspora, brevemente apresentarão uma queixa crime às autoridades judiciais internacionais, contra o General angolano, José Caetano de Sousa “Zé Grande”, Chefe dos Serviços de Inteligência Externa – SIE, por ter sido o autor principal desta acção, por violação das convenções internacionais sobre a proteção de refugiados e requerente de asilo.

Contudo, neste preciso momento não se sabe do verdadeiro paradeiro de Chris Mabiala e bem como do seu estado físico. Não se sabe se está vivo ou morto e na eventualidade de estar preso não se sabe também ao certo, o local onde está à cumprir a prisão em Luanda – Angola ou no território de Cabinda.

Fica aqui um apelo à comunidade internacional, em especial às Nações Unidas “O Conselho dos Direitos Humanos” que pressionem as autoridades da RDC, principalmente o “GOVERNO ANGOLANO” à se pronunciarem sobre o assunto, sendo um acto grave de violação dos direitos humanos e do direito internacional humanitário.

Texto de Baveka Mayala

© 2019 A VOZ DE CABINDA – MBEMBU BUALA, PELA VERDADE E JUSTIÇA – CABINDA ACIMA DE TUDO E DE TODOS

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