POR AV-MB
A decisão do Bispo de Cabinda Belmiro Cuica Chissengueti em suspender de todas as actividades sacerdotais o Padre Félix Cubola não respeitou os procedimentos habituais na Igreja, revelou um clérigo de Cabinda à e-Global.
O documento em que é anunciada a suspensão do exercício do “múnus sacerdotal”, determinado pelo Belmiro Cuica Chissengueti, começou a circular nas redes sociais antes que o Padre Félix Cubola tivesse acesso ao documento original, apesar de ser considerado pela Igreja como um documento “confidencial”.
Contrariando os procedimentos habituais na instituição da Igreja Católica, o documento não foi selado nem o original entregue “em mão própria” ao padre alvo da sanção, mas sim foi transmitido por mail pelo Bispo a um padre originário de Cabinda, numa paróquia em Portugal, o qual foi instruído pelo Bispo a imprimir o documento PDF e entregar pessoalmente ao Padre Félix Cubola, na presença de dois padres que serviriam de testemunhas.
No entanto, o documento é real e a suspensão do Padre Félix Cubola efectiva, apesar de este nunca ter sido convocado pessoalmente para prestar explicações sobre as acusações explanadas pela diocese.
O Padre Félix Cubola é acusado pela Diocese de Cabinda, e particularmente pelo Bispo Belmiro Cuica Chissengueti, de “incompatibilidade do exercício do ministério sacerdotal em simultâneo” com “actividades políticas”, fazendo referência à reunião intercabindesa que decorreu de 21 a 24 de Outubro em Acra, capital do Gana, e que resultou na criação do Alto Conselho de Cabinda (ACC), tendo o Padre Cubola assumido a presidência do novo organismo.
Segundo a fonte em Cabinda, o Bispo Belmiro Cuica Chissengueti também não contactou, nem solicitou esclarecimentos, ao Arcebispo de Acra, Charles Palmer Buckle, que esteve presente na abertura da reunião intercabindesa. Um procedimento que deveria ter antecedido a decisão de suspensão das actividades sacerdotais do Padre Félix Cubola, explicou a mesma fonte.
Fonte: eglobal
MBEMBU BUALA PRESS 