
A Direcção Política do MIC, Movimento Independentista de Cabinda, anunciou ontem 30 de Abril em comunicado oficial à anulação da campanha virtual, intitulada “Liberdade incondicional dos 8 Presos Políticos em Cabinda” de autoria da Friends of Angola – FOA, Organização Não Governamental Angolana com sede nos Estados Unidos da América, liderada por Florindo Chivucute que teve inicio no dia 20 Abril de 2020.
Na nota enviada à Mbembu Buala Press (A Voz de Cabinda) e assinada pelo Presidente do Movimento, Eng. Carlos Manuel Cumba Vemba, a direcção política do MIC “decidiu exigir a anulação imediata e absoluta no prazo de 24 horas da referida Campanha, porquanto a FOA, entidade organizadora, ter falhado nos seguintes aspectos”:
a) Deturpação preconcebida dos reais fins da sequência de megas manifestações levadas a cabo por presos políticos do MIC;
b) Excessiva angolanização da tal Campanha Virtual;
c) Insinuação de uma solução angolana quanto a Questão de Cabinda, chocando assim o princípio de neutralidade e da imparcialidade. Tal como se pode ler na nota.
Segundo ainda a nota, a direcção política do MIC entende que tal anulação decorre pelo facto ter havido “deturpações e incompreensões” sobre a prisão dos membros do MIC por parte quer da FOA e dos “activistas angolanos”, participes na referida campanha virtual, facto que motivou o MIC, a emitir o comunicado em causa para os devidos esclarecimentos, pois o MIC entende que, os presos políticos (os seus oito membros), “reivindicam a recuperação da Independência, da Soberania e da Identidade cabindesas através da realização do Referendo livre, justo e transparente sob a égide da Comunidade Internacional e demais organizações a escala africana propensas para o tal exercício político-democrático e consecutivamente a instauração e condução do Estado-Nação Cabindês”.
Por outro lado, o MIC esclareceu à FOA e, as demais organizações angolanas defensoras dos Direitos Humanos e bem como os Activistas cívicos singulares “que as precárias condições sociais e económicas por que o Povo de Cabinda se debate não fundamentam absolutamente a sequência de actividades políticas e manifestações pacíficas levadas a cabo pelos membros” do Movimento Independentista de Cabinda – MIC que na realidade são fundamentadas devido à ocupação do território de Cabinda por parte da República de Angola e, que os mesmos são à favor da realização de um referendo livre, justo e transparente para a restituição da soberania e da Identidade dos Cabindas, com a instauração do Estado-Nação Cabindês, após a proclamação da Independência de Cabinda por via pacífica.
Apesar de ter reconhecido a dedicação da FOA e das outras entidades cívicas partes da referida campanha virtual à favor da libertação incondicional dos presos político do Movimento Independentista de Cabinda, o MIC não deixou de demonstrar o seu desagrado pois para este, a FOA e os seus parceiros estão “gravosamente a falhar nos seus posicionamentos” e não obstante o reconhecimento dos esforços destas organizações e entidades, o MIC exige a estas organizações (FOA e o seus parceiros que participam na campanha virtual) “a cumprirem rigorosamente a supra decisão de anulação da referida deturpadora Campanha Virtual”.
Texto de Magaliza Zola
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