FORÇAS ARMADAS ANGOLANAS CONTINUAM A ESPALHAR TERROR EM CABINDA

Segundo denunciou hoje a Frente de Libertação do Estado de Cabinda-Forças Armadas Cabindesas “FLEC-FAC” que acusam as Forças Armadas Angolanas “FAA” de terem assassinado barbaramente três cidadãos de Cabinda nesta quarta-feira última, 24 de Junho na região de Macama-Zila, junto aos marcos fronteiriços entre Cabinda e a RDC, em comunicado assinado por Jacinto António Télica, secretário-geral do Movimento Armado e Independentista de Cabinda.

“Denunciamos perante a comunidade internacional este ataque mortífero das Forças Armadas Angolanas contra civis inocentes e indefesos”, refere ainda o comunicado que alude a barbaridade sanguinária perpectuada pelas FAA contra os três filhos de Cabinda, incluindo um adolescente que foram sumariamente sentenciados a morte por supostamente pertencerem as FAC “o Braço Armado da Flec”, mas a Flec alega que foram “Acusados Falsamente”.

O Movimento Armado e Independentista de Cabinda “Flec Fac”, disse ainda ter informações de que as FAA estão a realizar atualmente “uma operação de grande envergadura contra a população civil cabindesa nas localidades fronteiriças”, acusando-a de pertencer às FAC -Forças Armadas Cabindesas. A FLEC FAC denuncia ainda que a população destas localidades “vive aterrorizada e os seus direitos humanos são constantemente violados”.

O Movimento Independentista, apelou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas-UNSC, em particular ao secretário-geral da ONU, António Guterres, para que “tome medidas para uma ação concertada para evitar o massacre de inocentes no território de Cabinda”.

Jacinto António Télica, solicitou ao Secretário geral da ONU para que exorte as autoridades angolanas a abandonarem a “política de terra-queimada e de intimidação” em Cabinda.

A FLEC FAC, muito antes do eclodir dos combates violentos, a 04 de Junho último, denunciou publicamente a política de terror e repressão do governo angolano contra o povo de Cabinda, durante a vigência do estado de emergência, decretado pelas autoridades angolanas em Março, onde vários incidentes bárbaros e macabros perpetuado pelas FAA, transformaram à luta contra o coronavírus numa oportunidade para o executivo de João Lourenço reprimir silenciosamente o sofredor povo de Cabinda e os povos dos dois Congos.

A morte dos três cidadãos de Cabinda, denunciado hoje pela Flec Fac demonstra claramente que o governo angolano é um estado belicista, inimigo da Paz e da Liberdade, pois o recrudescer da situação político-militar em Cabinda nos últimos dias catapultou “o Problema de Cabinda” na Cena Internacional sobretudo nas Nações Unidas (United Nations) que mereceu uma atenção especial desta organização no pretérito 01 de Maio, com o reconhecimento do “Conflito em Cabinda”, tornado público, pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres.

Que representa uma mudança significativa no paradigma de como a ONU encara hoje o “Problema de Cabinda”, reconhecimento que foi possível na sequência do apelo de 23 de Março do corrente de Guterres a um “cessar-fogo global imediato” em todos os conflitos para preservar a vida humana perante a crise sanitária que mundo enfrenta provocada pela pandemia da Covid-19, vulgo Coronavírus e, que foi prontamente aderido pela FLEC FAC no dia 13 de Abril do ano em curso.

De recordar que a introdução do “Problema de Cabinda” na Cena Internacional começa no período de 1884-1885 na Conferência de Berlim com à apresentação do Tratado de Simulambuco que não só garantiu o “Estatuto Jurídico e Político” ao Território de Cabinda como Protectorado de Portugal bem como conferiu a este a prioridade de ocupação efectiva diante das outras potências colonizadoras da época que também estavam interessadas em ocupar um dos territórios com imensas reservas em recursos naturais, sobretudo mineiras na região central do continente berço.

A guerra no território de Cabinda, é resultante de estratégias musculadas do executivo angolano liderado por João Lourenço que tem estado a ignorar os sucessivos apelos ao diálogo, dando primazia a violência como sendo a única via para se resolver o problema.

O escalar da “tensão militar” entre os efectivos das FAC e das FAA, no território de Cabinda, coloca em risco à Paz e a Segurança Internacionais na região Central de África, que pode muito bem ser mitigado com a intervenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas-UNSC, tendo em conta que os cinco membros permanentes são dignos conhecedores do “Problema de Cabinda”, apelando as partes ao cessar-fogo imediato para à resolução do diferendo pacificamente e sobretudo recomendar com urgência o executivo angolano, liderado pelo Presidente João Lourenço a abandonar a sua política de violência, repressão e opressão contra o povo de Cabinda e bem como contra os povos da República do Congo “Brazzaville” e da República Democrática do Congo “RDC”, vítimas das barbáries das FAA em solidariedade aos Cabindas, acções que são contra os princípios e propósitos da ONU para a resolução de conflitos.

A guerra não pode continuar a ser o último recurso para à Paz em Cabinda!

O território de Cabinda é um Protetorado Português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.

Texto de José Kabangu

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