“SÓ A HISTÓRIA ME PODERÁ JULGAR” PADRE JORGE CASIMIRO CONGO

A Mbembu Buala Press (A Voz de Cabinda) apresenta no vídeo que se segue uma retrospectiva das posições do ilustre filho de Cabinda sobre o “Problema de Cabinda” que nem o tempo apagará e que permanecerão para sempre na história de Cabinda e do seu Povo.

O Padre Jorge Casimiro Congo, é uma figura que dispensa apresentações e que por inúmeras ocasiões emprestou o seu saber para a defesa do martirizado povo de Cabinda e da sua causa.

Acompanhe o vídeo aqui: https://youtu.be/_V2p6iIYyAA

A introdução do “Problema de Cabinda” na cena internacional começa no período de 1884-1885 na Conferência de Berlim com à apresentação do Tratado de Simulambuco que não só garantiu o “Estatuto Jurídico e Político” ao Território de Cabinda como Protectorado de Portugal bem como conferiu a este a prioridade de ocupação efectiva diante das outras potências colonizadoras da época que também estavam interessadas em ocupar um dos territórios com imensas reservas em recursos naturais, sobretudo mineiras na região central do continente berço.

Na década de 60, coube a Stéphane Tshitshele, Vice-Presidente e Ministro dos Negócios Estrangeiros do Congo-Brazzaville apresentar o “Problema de Cabinda” às Nações Unidas, isto no dia 6 de Outubro de 1960, na Assembleia-Geral, onde aproveitou denunciar à atitude unilateral das autoridades portuguesas pela integração administrativa de Cabinda na província ultramarina de Angola, em 1956, em violação aos Tratados firmados com os Nobres Cabindenses. Infelizmente Portugal ignorou todas as verdades sobre a questão, com a fatídica anexação do Território de Cabinda à Angola nos invalidados, Acordos de Alvor.

Independentemente de todos os contra tempo em volta do “Problema de Cabinda”, as bases históricas e jurídicas são claras na especificação dos Cabindas, como povo independente de Angola, os factos que se seguem no atestam:

– A legislação mãe de Portugal de 1933-1976, atesta que Cabinda é uma entidade Autónoma de Angola;

– As Nações Unidas através da Resolução 1542 (XV) de 15-12-1960, considera Cabinda um território autónomo e distinto de Angola com direito a autodeterminação que segundo o mapa das Nações sobre opressão colonial, Cabinda é destacado na posição número 27 e Angola 28, territórios claramente distintos;

– A Carta da OUA, actual União Africana sobre os territórios africanos a descolonizar, Cabinda ocupa a posição número 39 e Angola 35, territórios separados;

– Quaison Sakey, um renomado diplomata africano, apresentou o “Problema de Cabinda” no Conselho de Segurança das Nações Unidas, entre 1962 e 1963; só para citar estes.

A guerra no território de Cabinda, é resultante de estratégias musculadas do executivo angolano liderado por João Lourenço que tem estado a ignorar os sucessivos apelos ao diálogo, dando primazia a violência como sendo a única via para se resolver o problema.

O escalar da “tensão militar” entre os efectivos das FAC e das FAA, no território de Cabinda, coloca em risco à Paz e a Segurança Internacionais na região Central de África, que pode muito bem ser mitigado com a intervenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas-UNSC, tendo em conta que os cinco membros permanentes são dignos conhecedores do “Problema de Cabinda”, apelando as partes ao cessar-fogo imediato para à resolução do diferendo pacificamente e sobretudo recomendar com urgência o executivo angolano, liderado pelo Presidente João Lourenço a abandonar a sua política de violência, repressão e opressão contra o povo de Cabinda e bem como contra os povos da República do Congo “Brazzaville” e da República Democrática do Congo “RDC”, vítimas das barbáries das FAA em solidariedade aos Cabindas, acções que são contra os princípios e propósitos da ONU para a resolução de conflitos.

A guerra não pode continuar a ser o último recurso para à Paz efectiva em Cabinda!

Texto de Magaliza Zola com José Manuel Kabangu

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