COMISSÃO MULTISECTORIAL PARA O COMBATE E PREVENÇÃO DA COVID-19 EM CABINDA DESVIA DOENTES E CADÁVERES PARA O AUMENTO DOS NÚMEROS DA PANDEMIA NO TERRITÓRIO
Registaram-se recentemente em Cabinda de forma silenciosa, vários protestos defronte a morgue do Hospital Central de Cabinda, onde famílias reclamaram por seus ente-queridos que foram declarados como sendo casos positivos de Covid-19 mesmo sem terem contraído a referida enfermidade antes do seu passamento físico (morte), segundo alegam as mesmas.

Recentemente, a Mbembu Buala Press – A Voz de Cabinda, recebeu uma denuncia bastante triste em que está envolvido a família do senhor Nasson Poba Mabiala, que faleceu no dia 01 de Novembro do corrente às 07 horas aos 61 anos de idade. A família alega que o seu ente-querido esteve estável até o dia 30 de Outubro, que em vida padecia do cancro da próstata e de insuficiência renal, enfermidades que o levaram à internar no Hospital Central de Cabinda na secção de Medicina Geral por duas semanas (“clinicamente estável”).
Surpreendentemente, a comissão que se ocupa da Covid-19 determinou a sua transferência para a zona especial dos doentes com a Pandemia do Coronavírus “onde permaneceu sob os cuidados da Dr. Rosa Leonídia Macaia, tal como atesta o certificado de óbito”, sem o consentimento da família, isto no dia 31 de Outubro para no dia seguinte “uma noite apenas” recebem a notícia de que Nasson Poba Mabiala havia falecido, a família contactou o Dr. Gaspar de nacionalidade Cubana que o acompanhou enquanto esteve internado “durante as duas semanas” antes de ter passado para a “zona especial” para os devidos esclarecimentos e emissão do certificado de óbito, até ali tudo bem.
No momento em que o familiar da vítima, David Bumba, se fazia acompanhar do certificado de óbito para a secretaria de saúde junto ao dispensário, afim de o autenticar, o mesmo lhe foi retirado por orientações superiores e, teve de aguardar até segundas ordens, onde depois foi informado que o seu ente-querido havia sido declarado caso suspeito de Covid-19 mas que nada estava esclarecido e que deveriam aguardar o resultado.
Na sequência deste episódio na quarta-feira do dia 03 de Novembro, os familiares da vítima dirigiram-se ao Hospital Central de Cabinda para a repceção do corpo do seu ente-querido para os efeitos fúnebres e, recebem a notícia de que não se podia entregar o corpo sem o resultado da Covid-19 por ser um caso suspeito. O Sr. David Bumba, esclareceu que tivera recebido do Dr. Gaspar um certificado de óbito que se encontra na secretaria junto ao dispensário e que no mesmo não consta qualquer referência de que à Covid-19 é a causa da morte de Nasson Poba Mabiala.

Neste entretanto os familiares concordaram regressar ao local no dia seguinte e postos no local foram confrontados com o resultado positivo à Covid-19 ao teste efectuado após à morte da vítima e para o espanto de todos lhes foi entregue um novo certificado de óbito onde já se certificava que o Senhor Nasson Poba Mabiala falecera de Covid-19.
Os familiares indignados, revoltados e cansados, desencadearam uma manifestação no Hospital Central de Cabinda para exigir o corpo do seu ente-querido. O funeral foi acompanhado pela Comissão Multi-sectorial, e, o mais caricato é que até hoje todos os que tiveram em contacto com o malogrado encontram-se a circular livres de qualquer “QUARENTENA” pelo que tudo indica apenas se aproveitaram do seu ente-querido para aumentar os caso da Covid-19 no Território de Cabinda o que a ser verdade choca com as recomendações da Organização Mundial da Saúde -OMS no quadro da luta contra a pandemia.
Contudo, é caso para se dizer que em Cabinda várias são as famílias que têm estado a reivindicar corpos de seus ente-queridos e doentes que supostamente estão a ser desviados pela “COMISSÃO MULTISECTORIAL PARA O COMBATE E PREVENÇÃO DA COVID-19 EM CABINDA” no Hospital Central de Cabinda para o elevar das estatísticas da Covid-19 em Cabinda para além da família do Sr. Nasson Poba Mabiala.
Neste preciso momento foi interdito o reagrupamento de pessoas junto à Morgue do Hospital Central de Cabinda – HCC, tudo porque uma das famílias invadiu recentemente aquela casa mortuária e retirou o seu ente-querido à força pelas razões acima já avançadas.
Reacção Central #Mbembubualapress #Avozdecabinda
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