ARÃO BULA TEMPO PERSEGUIDO PELA SECRETA ANGOLANA

Tal como a oposição unificada fora perseguida até 1928 na Rússia de Stalin por pensarem diferente, perseguição que levou a rendição de muitos tal como a de Zinoviev e dos seus seguidores que passaram para o lado stalinista.

E, é isso que os Lacaios do MPLA e agentes do SINSE (LMAS) que pensam ser cabindas especiais e superiores aos outros querem que Arão Bula Tempo faça. Para estes o advogado do povo (Arão Tempo) tem duas escolhas ou cala-se para todo sempre ou aceita o que o MPLA quer que se implemente em Cabinda, um “Novo Acordo” que não Respeitará as Verdadeiras Aspirações do Povo de Cabinda que é o de se ver livre da neo-colonização angolana. Pois para estes só importam os cargos, as benesses que poderão usufruir com essa nova farsa tal como usufruíram e continuam à usufruir António Bento Bembe e seus acólitos, desde dos maquis.

As perseguições contra Arão Bula Tempo, Presidente do Movimento de Reunificação do Povo de Cabinda para a sua Soberania – MRPCS datam desde 1998, logo após que se inscreveu na ordem dos advogados de Angola e, assumido publicamente a defesa dos direitos humanos e dos direitos do Povo de Cabinda. Quando regressou do longo exílio da então República do Zaïre, actual República Democrática Congo – RDC, onde permaneceu no centro dos refugiados de Cabinda em Kimbianga de 1977 a 1997.

A sua Postura Pragmática e Uniforme de um dia ver Cabinda livre da ocupação angolana, muito rapidamente transformaram-no num alvo ‘abater’ pelo regime do MPLA, tendo em conta que a sua posição contrasta com os objectivos do partido estado que governa Angola, de continuar a ocupar o Território de Cabinda.

Fruto disso, por orientação da Presidência da República de Angola, com conivência da ex-governadora de Cabinda, Aldina Matilde Barros da Lomba Catembo e dos Serviços de Inteligência local, o Dr. Arão Bula Tempo foi detido formalmente, em 14 de Março de 2015, pelas 6h30, na fronteira de Massabi, pelas forças afectos a Casa Militar (hoje Casa de Segurança), pelo facto da sua prontidão e firmeza na defesa dos activistas políticos e, militares da FLEC capturados pelas FAA, todos acusados de crimes contra segurança do Estado.

Dada a situação de injustiça, o governo e a justiça angolana foram alvos de pressão interna e internacional para que se restitui-se a liberdade ao advogado do Povo de Cabinda, com as intervenções e apelos de ONGs internacionais, associação dos advogados, estudantes Norte-Americanos, da Embaixada dos Estados Unidos da América, em Luanda, e do Senado Norte-Americano, obrigando o Procurador Geral da República de Angola, na altura a deslocar-se à Cabinda, e orientar a soltura deste, em 15 de Maio de 2015, por termo de identidade e residência, com interdição de sair do território de Cabinda.

Por insuficiência de provas contra o Dr. Arão Bula Tempo, em 11 de Julho de 2016 o tribunal da comarca de Cabinda finalmente decidiu acabar com o julgamento, pois o juiz da causa exarou um despacho de não pronúncia, ao processo deste ficando, até cá, sem saber se o mesmo foi arquivado ou não.

Recordar que nesse mesmo período foi preso também em Cabinda, o engenheiro José Marcos Mavungo, condenado a seis anos de prisão por incitação à rebelião contra o Estado angolano e à violência, quando apenas pretendia organizar uma manifestação para denunciar a corrupção e a violação de direitos humanos em Cabinda, manifestação que foi epicamente reprimida. Felizmente, Mavungo foi absolvido após recorrer da decisão.

ENTENDA AS PRINCIPAIS RAZÕES DA PERSEGUIÇÃO

Nos últimos meses tudo se agudizou desde que os Lacaios do MPLA e Agentes do SINSE em Cabinda entenderam usurpar e desvirtuar os principais ideias que nortearam a concertação para a realização de uma eventual inter-cabindesa-21, devido a sua postura pragmática e uniforme sobre o #ConflitodoProblemadeCabinda que se consubstancia na defesa das verdadeiras aspirações do povo de Cabinda ao seu direito inalienável, indescritível e inegável à Autodeterminação, o que não defendem esses grupos e indivíduos, os actuais promotores da aludida inter-cabindesa-21.

Arão Bula Tempo, decidiu afastar-se, suspendendo a sua participação do conclave que ajudou a conceber, através de uma nota dirigida aos promotores, onde manifestou o seu total descontentamento sobre o desvirtuar da ideia inicial da inter-cabindesa-21, “que deveria assentar nas aspirações do Povo de Cabinda, e representada pelas forças políticas que lutam pela justiça e liberdade do Povo” e, que tinha como objectivo principal a “criação de uma força política coesa que permitiria ou suscitaria o diálogo ou negociações com o governo angolano”. Tal como ficou plasmado no encontro do dia 31 de Agosto de 2019, nas vestes de Presidente do MRPCS, Arão Tempo, lançou a iniciativa “Concertação Política sobre o Futuro de Cabinda”.

Mas como o MPLA é Inimigo da Verdade e das Verdadeiras Aspirações do Povo de Cabinda (A INDEPENDÊNCIA TOTAL DE CABINDA), tomou de assalto o projecto infiltrando os seus lacaios e agentes do SINSE, tal como sucedeu na fracassada inter-cabindesa do Gana de 2019, onde os Serviços de Inteligência Externa de Angola – SIE, com à ajuda da instrumentalizada OAD, ditou as regras do jogo, até simulou uma tentativa de detenção à um dos participantes que é mais um agente destes do que patriota, um dos ‘mister-minders’ do plano de detenções e … de muitos Cabindas.

Por conseguinte, ainda nem se quer realizou-se a dita inter-cabindesa-21, mas os promotores Lacaios do MPLA e Agentes do SINSE, com surpresa e sem qualquer explicação, esvaziaram o acordado inicial e de forma unilateral, estão a impor a integração forçada, “até daqueles que desistiram da luta e militam nos partidos políticos angolanos, onde obedecem com veemência e por excelência a constituição da república de Angola, os estatutos, projectos políticos e outros programas que definem os objectivos destas entidades”.

Por se ter recusado e denunciado esta manobra do MPLA-SINSE, os ‟LMASˮ que pensam ser cabindas especiais e superiores aos outros, desencadearam uma perseguição sem tréguas ao Advogado do Povo (Arão Bula Tempo), com intimidações e ameaças de morte.

Tal como sucedeu nos dias que antecederam a realização na cidade de Tchiowa, capital do Território de Cabinda entre os dias 25 e 26 de Junho do corrente ano, no salão paroquial da Se Catedral (Rainha do Mundo), o encontro entre, organizações políticas e cívicas de Cabinda, com José Sumbo, ‘porta-voz do MPLA’, com a facilitação do SINSE e do MPLA, organizações altamente perigosas e inimigas do povo de Cabinda.

Bula Tempo fora interpelado via telefónica por esses lacaios, agentes e outras sensibilidades cabindesas bem identificadas para que alinha-se com as propostas apresentadas pelo enviado do MPLA e, para que não fosse muito contundente nas suas posições ou seja aos Cabindas disfarçados em defensores do caso Cabinda, mas que no fundo são agentes da secreta angolana apelaram-no que defende-se um discurso no quadro da angolanidade sobre a resolução do conflito do problema de Cabinda.

Mas, Arão Tempo simplesmente os ignorou, tendo sido igual a si mesmo e se não o único dentre os preletores a defender abertamente à Autodeterminação do Povo de Cabinda, sem rodeios. Por que os outros há muito que andam mergulhados em contradições e hoje, até duvidam do que um dia juraram defender. Será que estes capitularam-se para o lado do MPLA como Zinoviev e os seus seguidores que passaram para o lado stalinista a quando da dissolução da oposição unificada na Rússia, em 1928?

De fontes fidedignas soube-se que o posicionamento de Arão Bula Tempo no encontro supra enfureceu o Bureau Político do MPLA e a direção do SINSE e, que poderá se agudizar ainda mais com o seu afastamento da inter-cabindesa-21(a manobra do MPLA e do SINSE).

PROCESSO DE PESQUISA OPERATIVA (PPO) DO SINSE CONTRA ARÃO BULA TEMPO

Que neste preciso momento entrou para a terceira fase!

Pois nos últimos dias na sua residência sita no Cabassango, arredores da cidade de Tchiowa em Cabinda, constatam-se ao longo do dia e, sobretudo no período nocturno, várias viaturas, algumas com vidros fumados, com a missão de vigiarem as movimentações do Dr. Arão Bula Tempo.

A vigilância sem tréguas dos órgãos de defesa e segurança contra Arão Tempo, já leva algum tempo. Soube-se que recentemente este e alguns vizinhos, chegaram de prender em pleno exercício da actividade de observação um dos oficiais operativos da secreta angolana que do nada começou a frenquentar os arredores da sua zona de residência, simulando comprar e consumir bebidas alcoólicas no quintal de um dos vizinhos e, que ao mesmo tempo, questionava-o e demais pessoas, sobre as horas de saída e entrada em casa, quais as pessoas que mais frequentavam a sua casa e a identificação de membros da família que residem na casa de Arão Tempo.

Depois de o surpreenderem e prender, o oficial operativo da secreta foi levado para o SIC, onde o Dr. Arão Bula Tempo foi informado por alguns agentes da polícia, de o mesmo pertencer aos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado de Angola-SINSE e que a sua missão consistia na observação e acompanhamento, deste.

Facto que ficou comprovado, pois o oficial operativo da secreta angolana era portador de um telemóvel que continha imagens coletadas de Arão Tempo, demais membros da sua família e de pessoas próximas.

Hoje por hoje intensificou-se ainda mais a vigilância contra o advogado do povo de Cabinda, pois a secreta não desarma, a cada dia que passa se vai multiplicando a presença de pessoas estranhas nos arredores da sua zona de residência, alguns querendo saber sobre este e outros vão insistindo com actividade de ‟SIGINTˮ e sempre que são questionados fingem estar a desenvolver actividade jornalística, o que tem facilitado a revelação da legenda e fachada, destes bufos da secreta Bi-mbúnlungista e do corte da sua actividade operativa e secreta.

Por essa razão, aproveitamos a oportunidade para deixar um alerta internacional, a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos da União africana, ao Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, a ADCDH, a Omunga, a Amnistia Internacional, a Human Right Watch e demais organizações de defesa dos direitos humanos à interpelarem directamente o governo angolano, o MPLA-partido no poder em Angola, as forças de defesa e segurança de Angola e aos actuais promotores da inter-cabindesa-21, caso algo de mal venha acontecer contra a integridade física do Dr. Arão Bula Tempo em Cabinda nos próximos dias, por tudo acima descrito por um lado e por outro pelo Dr. Arão Tempo ser um defensor acérrimo da Autodeterminação do Povo de Cabinda, um activista político do Conflito do Problema de Cabinda e, advogado, defensor da grande parte dos detidos, acusados e julgados, sobretudo de crimes contra Segurança do Estado, o que leva a secreta angolana à acreditar que este seja o mentor da mobilização daqueles.

Muitos ainda questionam por que que só Arão Bula Tempo é o principal defensor dos detidos, acusados e julgados por estes crimes? A sua postura diante destes factos transformaram-no num alvo em movimento e abater pelas forças de defesa e segurança que continuam a persegui-lo e a pressiona-lo a desistir dos seus ideias.

SERÁ A INTER-CABINDESA-21 O CULMINAR DOS ESFORÇOS PARA A RESOLUÇÃO DEFINITIVA DO CONFLITO DO PROBLEMA DE CABINDA?

A resposta é claramente que não!

E nos parece que os promotores visíveis e invisíveis da dita inter-cabindesa-21 têm uma agenda bem definida, pois o comportamento destes após o primeiro encontro de concertação, transmite o que já receávamos para além das mensagens intimidatórias aos outros participantes denota-se uma certa arrogância nos seus discursos que vão ao encontro das teses oficiais, como a estratégia do Bureau Político do MPLA sobre o conflito do problema de Cabinda.

Apesar de se estar na fase embrionária, os promotores parecem transmitir já o resultado final da eventual inter-cabindesa-21. Para estes que se esqueça à Independência e a Autodeterminação do povo de Cabinda, devendo-se aceitar e pegar já a proposta forjada pelo MPLA e o governo de João Lourenço que em troca vai desenvolver Cabinda, como se fosse verdade!

Pois, se assim fosse, passados 15 anos da fatídica assinatura do ME, no território de Cabinda deveriam ser visíveis os traços deste propalado desenvolvimento que se transformou em propaganda (a eterna mentira do MPLA para tentar ludibriar cabindas menos atentos) e que hoje serve de bandeira dos seus lacaios e agentes.

Para tal desiderato o MPLA não precisa forjar e muito menos simular inter-cabindesas-19,20,21 e etc, com ajuda dos seus lacaios e agentes. O MPLA nos seus 46 anos de ocupação do território de Cabinda demonstrou por A+B que o território é simplesmente uma colónia que este administra através de promessas sempre que se aproximam as eleições gerias em Angola.

CONCLUSÃO

É triste saber que alguns ‟indivíduos e sobretudo gruposˮ de Cabinda têm estado à ajudar o MPLA a implementar a sua macabra estratégia concebida essencialmente para perseguir independentistas de Cabinda independentemente da localização. O Dr. Arão Bula Tempo, apesar de não ser o único o querem silenciar a todo custo por defender com unhas e garras Cabinda e o seu Povo.

Por defender ainda à independência total de Cabinda, sendo o desejo do Povo de Cabinda ao contrário destes indivíduos e grupos (os lacaios do MPLA e agentes da secreta angolana, que têm as mãos sujas de sangue tendo em conta a implicação directa destes nos assassinatos de muitos cabindas, tais como os casos dos comandantes da FLEC FAC, Maurício Lubota “SABATAˮ, Gabriel Nhemba PIRILAMPOˮ e, João Massanga “HOMEM DE GUERRA”, só para citar estes, pois a lista é longa. Ainda bem que instituições de direito à nível internacional estão bem informadas e documentadas sobre o assunto uma vez que estes crimes de guerra não podem ficar impunes, os responsáveis devem ser levados as barras da justiça, custe o que custar e doía a quem doer!.) uma minoria que quer impor à maioria as decisões do governo angolano há muito forjadas para que o território de Cabinda se perpetue na ocupação angolana.

No entretanto que fique bem patente e claro, as perseguições contra Arão Bula Tempo são motivadas pelos Serviços da inteligências de Angola e por aqueles que acham que o seu posicionamento fundamenta-se no radicalismo sócio-político, pelo interesse e direitos à cima referenciados.

Que não se envaideçam pois, a eventual criação de uma plataforma negocial com a dita inter-cabindesa 21, 22, 30 e etc., que por sinal forçará o capitular destes indivíduos e grupos será o culminar da luta das Verdadeiras Aspirações do Povo de Cabinda. Ledo engano!

Como se pode observar, ao nacionalismo cabindês não tem faltado oportunidades, o verdadeiro problema é o oportunismo, o egoísmo e o protagonismo de muitos indivíduos e grupos envolvidos pois, muitos são lacaios do MPLA e outros agentes da secreta angolana, mormente do SINSE, SISM e do SIE.

A união que se pretende impor aos cabindas (exigido pelo MPLA), a luta pelo protagonismo, a falta de seriedade, a falta de transparência em muita das iniciativas propostas e sobretudo o espírito mercantilista de muitos dos seus ditos políticos e intelectuais, fazem com que o processo conheça maior descrédito, como à actual inter-cabindesa-21 que está na forja, o povo de Cabinda nessa hora não é tido e muito menos achado, mas é usado como mercadoria de permuta nos acordos pre-firmados com o MPLA. Meus senhores! Não somos todos ingênuos…

Com tais atitudes e caso não haja uma mudança significativa de consciência e de paradigma, o processo político do Conflito do Problema de Cabinda estará, eternamente condenado a falhar no quadro de uma resolução pacífica por culpa destes detratores que mais estão preocupados em resolver os problemas pessoais e não os do povo de Cabinda que dizem defender.

E por culpa destes e das suas acções o conflito do problema de Cabinda poderá evoluir de uma guerra de guerrilha para uma guerra fratricida ou para uma situação extrema similar ou pior ao de Cabo Delgado em Moçambique, num futuro próximo, independentemente de Angola e o MPLA ‘supostamente’ possuirem um dos melhores exércitos em África, mas a verdade é que Angola não é mais poderosa que o mundo e, tendo em conta ainda que nas alianças políticas os interesses valem mais do que as amizades.

Porém, se a resolução definitiva que se procura e por conseguinte pacífica, devia-se aproveitar a recém reabertura da ONU com o reconhecimento do Conflito em Cabinda por António Guterres – Secretário Geral das Nações Unidas, pois é uma soberana oportunidade para que a comunidade internacional finalmente assuma as suas responsabilidades no processo de resolução do Problema de Cabinda para que se institucionalize uma paz duradoura com base na justiça e na verdade, tendo em conta que Cabinda e seu Povo, também merecem dignidade e respeito. Fora do qual talvez seja a guerra o único instrumento que solucionará definitivamente o Conflito do Problema de Cabinda.

José Kabangu

Foto créditos JP

© 2021 MBEMBU BUALA PRESS-VOZ DE CABINDA, PELA VERDADE E JUSTIÇA – CABINDA – ACIMA DE TUDO E DE TODOS

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