Entre tantos actos reiterados de desobediência, repugnância e resistência ao consulado “pastorício” colonial do agente da agenda colonial angolana em Cabinda, Belmiro Tchissengueti, através da nossa antiga Igreja Católica Local, está a não participação colectiva da maioria do clero autóctone incardinado na Diocese, no retiro anual do clero que está a decorrer, nesta semana, na Diocese de Cabinda.
Um grupo do clero local, confidenciou-me sobre esse acto deliberado e concertado de “boicote”, tanto nas concelebrações solenes de missas campais, assim como em actividades diocesanas convocadas pelo agente angolano, como sinal claro e inequívoco de descontentamento e reprovação à ” agenda colonial clerical que Filomeno tentou sem sucesso e seu acólito Belmiro continua tentando implementar na Diocese Binda.
Foi me revelado que, durante a abertura do referido retiro, com participação de todos os padres angolanos que têm sido “recrutados” nas diversas Dioceses angolanas do Soyo ao Cunene, o agente angolano, Belmiro Tchissengueti, lamentou e entristeceu-se das ausências não justificáveis, segundo suas palavras, de mais de 90% do clero autóctone incardinado na Diocese.
O último Retiro Anual do Clero que meus antigos colegas no Seminário Maior de Filosofia e eu presenciámos, na Diocese, ocorreu nas instalações do Seminário Maior de Filosofia durante a crise pela rejeição generalizada da “nomeação” do agente angolano Filomeno Vieira Dias, antes da sua tomada de posse garantida pelas Secretas angolanas e a Casa Militar, então sob comando do oficial das FAA, Kopelipa, primo do bispo Filomeno. Era uma actividade espiritual muito concorrida que reunia a nata do clero local.
O Vaticano deve olhar com olhos de “ver” a questão da igreja moribunda de Cabinda sob pena de se repetir os eventos que propiciaram a criação da Igreja Anglicana no reino unido no século XV ou XIV.
Jose Da Costa Binda