CABINDA

por @mbembubuala
Fevereiro 14, 2019
Pedrowski Teca que também se opõe ao direito da autodeterminação de Cabinda, é o autor de tais afirmações que não surpreendem os filhos de Cabinda “ que lutam por uma causa justa” do seu direito à autodeterminação, direito este que é uma realidade viva no mundo de hoje e que os activistas seriam os primeiros a defenderem e não contestar ou negar.
Nas suas alegações afirmou ainda o seguinte: “Também estou solidário com os 77 activistas do Movimento Independentista de Cabinda (MIC) detidos pela polícia angolana no final de Janeiro do ano em curso (…);
Na sequência, Teca jingoísta que finge não conhecer à causa dos Cabindas, tentou se calhar agradar o JLO (para ver se apanha uma boleia e quiçá seja nomeado para o conselho de administração da Angop) “Realço que com base na lei angolana, qualquer tentativa de divisão territorial é crime, isto é, se formos a julgar pelo número 6 do Artigo 5.º da Constituição da República de Angola, sobre “Organização do território”, cito: “O território angolano é indivisível, inviolável e inalienável, sendo energicamente combatida qualquer acção de desmembramento ou de separação de suas parcelas, não podendo ser alienada parte alguma do território nacional ou dos direitos de soberania que sobre ele o Estado exerce”; Apesar de não ser à favor da fragmentação do território nacional, sou em prol da descentralização administrativa através das autarquias e da auto-governação, defendendo o diálogo como a melhor opção. É a desgovernação nessas terras ricas que incendeia o extremismo (…).
Jose Oproprio Oproprio – José Ndele, já afirmou “solidariedade não se cobra”.
As reações dos filhos de Cabinda aos pronunciamentos do dito activista que na sua infeliz mensagem da dita solidariedade aos nossos irmãos presos nas masmorras do Regime sanguinário e colonial do MPLA e de alguns angolanos, não se fez esperar.
António Paca Panzo, reagiu nos seguintes termos: Pelo que eu saiba, os ativistas do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe não reivindicam a separação das Lundas do resto do território angolano. Até agora apenas pedem uma autonomia administrativa e financeira. Aliás o partido PRS, reconhecido pelo Tribunal Constitucional, defende o Estado Federal composto por unidades federativas dotadas de autonomia política e financeira. Neste caso, é desnecessário evocar o artº 5 da Constituição da República de Angola, a não ser que se queira confundir os menos atentos.
Tem razão o Marcolino Moco quando diz que “ a perceção que se tem de Cabinda a partir de Luanda e sob véu criado pelo (…) aparelho doutrinário-propagandístico (do MPLA) está muito longe da realidade (Cfr. Sedrick de Carvalho et al, 2018, p.45) ”. Não tenho dúvida que amanhã possa aparecer uma mão invisível a forjar um Movimento Independentista das Lundas para confundir a opinião pública. Todavia, o sangue do povo de Cabinda derramado pela sua liberdade não se confunde com manobras barratas. Se quiser solidarizar-se com os ativistas do Protectorado da Lunda Tchokwe que o faça. Deixa os cabindas com a sua cruz,concluiu.
José André Chiânica Brás, esclareceu o Senhor Teca, nos seguintes moldes: De acordo com os factos histórico-jurídicos e políticos, Cabinda não se enquadra na citação “É a desgovernação nessas terras ricas que incendeia o extremismo. Cada província deve justamente beneficiar das riquezas que tem”. “As reivindicações de Cabinda não buscam a boa governação nem o simples benefício das riquezas da terra. Que fique claro que Cabinda só é parte de Angola desde 1975 com a assinatura do Acordo de Alvor que, depois foi revogado em Agosto do mesmo Ano. Portanto, Cabinda busca a sua independência, a sua soberania, o direito de cuidar o seu destino. Nada mais, meu Caro!” Terminou os seus esclarecimentos com uma chamada de atenção ao dito activista.
Nos parece que foram prontamente esclarecidas as dúvidas.
Infelizmente o direito da autodeterminação do povo de Cabinda, continua ser negado, pelas autoridades angolanas e nos parece que também por muitos angolanos como o Pedrowski Teca que o MPLA formatou os cérebros (na tal dita história de Angola, composta mais de estórias e com mentiras).
Que pensam que o território de Cabinda se autodeterminou, desde de 11 de Novembro de 1975 (enganam-se completa e redondamente), mas sim foi ocupado ilegal e militarmente no dia 8 de Novembro de 1975, pelo MPLA com o apoio militar de Cuba na inesquecível guerra clássica que ceifou a vida de muitos filhos da pátria imortal Cabindesa.
Neste sentido, exortamos aos compatriotas Cabindenses no interior e exterior de Cabinda, a se pronunciarem sobre o assunto para que continuemos à esclarecer não só as autoridades angolanas, mas principalmente à todos que não conhecem ou que nunca ouviram falar da nossa causa. O povo angolano é um povo irmão, com quem as nossas relações serão sempre cordiais, pacíficas e de amizade, desde que respeitem o nosso direito, sem reservas.
O povo angolano e em especial as suas autoridades, devem começar já a equacionar o “day after” sem a vaca leiteira, pois Cabinda será independente tarde ou cedo e constituição nenhuma, vai impedir este acontecimento.
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