A PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA (PGR) REMETEU RECENTEMENTE PARA O TRIBUNAL DE CABINDA O FAMOSO PROCESSO DOS INDEPENDENTISTAS DE CABINDA PARA JULGAMENTO.
Como estão recordados toda esta barafunda que a PGR de Angola, invoca é resultado das detenções de (António Victor Tuma, Madalena Marta Zovo Gimbi e João Zau Mambimbi), ocorridas no dia 28 de Janeiro de 2019 e de mais 30 independentistas no dia 29 do mês e ano já acima referenciados, tudo por terem tentado organizar e participar na Marcha Pacífica em alusão os 134 anos da assinatura do Tratado de Simulambuco, bem como protestar ainda contra colonização angolana, sendo os mesmos à favor da Autodeterminação e Independência de Cabinda.
Para além dos nomes já avançados foram também detidos e presos os seguintes cidadãos de Cabinda: Maurício Bifica Baza Gimbi, Carlos Manuel Cumba Vemba, António Marcos Soqui, Alfredo Duda, Filipe Macaia Luemba, José Pedro Buanga Diogo, Rúben Mavungo Domingos, Celina Graça da Silva Daniel, Eduardo Muindo Matunda, Marcos Futi Buengo, Jacob Bernardo Gimbi, Maurício Tati, Filomão Futi Bumba Chiambi, Sebastião Quinga Barros, José Manuel Kibinda Luemba Ndalyahwila“Baba”, Afonso Kiama Kiungo, Sebastião Sungo Batala, Daniel de Oliveira Buzina Bumba (cota diabo), Geraldo Nduli, João da Graça Mampuela, Florindo de Jesus, Marcos Futi Buanga Jacob, Alberto Puna Buzi Cibi, Maria Mambo Malonda Deca, Sebastião Alexandre SANGO Buio, José Massila Bungo, Manuel Custodio, Faustino Massiala Nzuzi Muanda, Victor Quimbacala Tsingana, Filipe Nana, Rafael Júnior Bungo, Nicolau Muyombo Baza Gimbi, Paulo Ngoio, Mateus Puati, Rafael Malonda Bumba, Sebastião Macia Bungo, Bernardo Pedro Gimbi, Pedro Macaia Conde, Joaquim Júnior Bety, António Fernando Puati, Francisco Casimiro Futi Tati, Andre Matoco Bitumbo, João Ngoio Dibandi, Marcelino Chimpolo Ngoma, Jorge da Cruz Meno António, Júlio do Nascimento Pau, Andre Bucoio Nsungo, Cristovão do Rosário Panzo Goma, Francisco Tchiendo Muanda, José Luís Ndubo, Francisco Barros Muanda, Raul Libuili Sungo Gomes, Jorge Quimena Futi, Naftal Goma Mabiala, David Kuebo Luemba, Félix Mavungo, Jorge Lima Muanda, José Sita, João Muanamueca Barros, Jorge Gringo Alfredo, Raimundo Gomes, Miguel Cambuzino Sampaio, e tantos outros.
Que neste 05 de Fevereiro de 2020 foram formalmente indiciados pela prática dos crimes de Associação Criminosa; Ultraje ao Estado e Associação de Malfeitores pela PGR de Angola, segundo atestam os documentos chegados ao nosso conhecimento.
Senhores da PGR de Angola, os Cabindas lutam por uma causa justa e era melhor que assumissem de uma vez por todas que o Problema de Cabinda é político e não judicial.
E digo mais é um problema político militar porque os milhares de soldados das Forças Armadas Angolanas-FAA, estacionados no território não desmentem a nossa tese. Se há uma forte presença militar angolana, prisões arbitrárias e violações dos direitos humanos, as nossas ambições têm mesmo de ser desmedidas e de malícia extrema, pós Cabinda é um território ocupado militar e ilegalmente.
Lembrar ainda que deste bicudo processo continuam detidos nas celas do Serviço de Investigação Criminal (SIC), oito bravos filhos de Cabinda que imbuídos de um espírito Nacionalista e Independentista, tentaram uma vez mais soltar o grito de Ipiranga para Autodeterminação do povo de Cabinda, permanecem nas masmorras do MPLA desde o dia 10 de dezembro do ano transato.

Apesar da repressão policial que impediu a realização a Marcha Pacífica, em Cabinda, para festejar os 134 anos da Assinatura do Tratado de Simulambuco, cidades como Lisboa-Portugal e Nova Iorque-EUA, propriamente junto à sede das Nações Unidas, felizmente outros filhos de Cabinda gritaram bem alto neste dia o desejo de ver Cabinda livre da colonização angolana.
No território de Cabinda agora e sempre foi assim ver o reforço do dispositivo das forças de defesa e segurança por parte das autoridades angolanas. Onde a juventude Cabindense se transformou num alvo a bater.
As nossas fontes nos revelaram o tipo de “Medidas Operativas”, que estão a ser implementadas pelas forças de defesa e segurança para neutralizar as acções da Juventude cabindense, que são de extrema perigosidade, onde se incluem:Raptos, envenenamento (em alguns casos, são recrutados familiares para o a implementação desta tarefa), assassinatos (com a simulação de assaltos a mão armada), julgamentos políticos, detenções, prisões arbitrarias, sentenças judiciais ( com provas forjadas), espionagem eletrónica ( que incluem; escutas telefónicas, acesso ao correio eletrónico, bloqueio de contas nas redes sociais, intimidações, recrutamento de familiares e amigos próximos, perseguição, suborno aos Mídias e jornalistas para a censura e destorção dos factos sobre a luta independentista de Cabinda, continuação da criação de grupos, entidades ou movimentos defensores da Causa Cabinda (pro governo angolano) para agravar ainda mais desunião efémera entre os Independentistas Cabindenses e, a monitorização permanente dos Cabindas inseridos nas instituições públicas e privadas ( membros do executivo, oficiais superiores das forças armadas, da polícia nacional, oficiais operativos dos Serviços de inteligência, Deputados (principalmente os cabindas que trabalham no sector petrolífero) e bem como à monitorização dos Cabindas residentes na diáspora (RDC, Congo Brazzaville, Europa e Estados Unidos são o mais visados pelos serviços de inteligência de Angola).
Recordar ainda que essas medidas estão a ser actualizadas constantemente de acordo às circunstâncias que exigem à situação operativa do Dossier Cabinda.

Texto de Baveka Mayala
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