
“NÃO VAMOS ESPERAR QUE ANGOLA ACEITE À AUTODETERMINAÇÃO DE CABINDA, OS CABINDAS DEVEM EXIGIR À AUTODETERMINAÇÃO, DEVEM BATER A MÃO NA MESA E DIZER BASTA! PRECISAMOS À AUTODETERMINAÇÃO!”
“POR CABINDA, MESMO COM O DIABO EU FARIA PARCERIA”!
As afirmações acima são de José André Chiânica Brás, activista de Cabinda proferidas recentemente por ocasião da “Grande Entrevista” concedida à MBEMBU BUALA PRESS (A Voz de Cabinda) que por razões alheias a nossa vontade emitimos hoje a primeira parte e brevemente emitiremos a segunda parte, aproveitamos ainda a oportunidade para outorgar ao entrevistado a mais alta distinção da (Pátria Cabinda) por este grande contributo prestado à Nação Cabindesa.
Que revelou-nos na sua breve apresentação que se tornou activista fruto do que vivenciou na tenra idade sobre a problemática de Cabinda, levando o a concluir que algo deveria ser feito para a defesa dos Cabindas “Injustiçados”.
“ENTÃO É ESSE CHIÂNICA BRÁS QUE O REGIME FORJOU”, enfatizou!
Chiânica Brás, entende que o Território de Cabinda, contínua a ser um “Protectorado Português”, tendo em conta os Tratados assinados entre as Autoridades Nativas Cabindas e Portugal, então assinados entre 1883-1885 que estabeleceram para o futuro, obrigações recíprocas que comprometiam o Estado Português e os Cabindas.
Ainda sobre os Tratados históricos, acima referenciados, Chiânica Brás vai mais longe ao certificar a validade dos mesmos e, apesar de os Cabindas não terem participado na assinatura dos Acordos do Alvor, entende ainda que o vinculo jurídico entre Cabindas e Portugueses; “Não se anula um Acordo de Forma Unilateral”, não foi denunciado pelos Cabindas e nem tão pouco pelos portugueses.
“Então eu combinaria esses dois factos históricos e jurídicos, Cabinda é um Protectorado, é uma Nação sob protecção portuguesa e que dependerá do nosso esforço para encontrarmos uma solução”, reforçou José André Chiânica Brás.
Chiânica Brás, considera a “Geração de Ouro” a geração dos Cabindas precursora da luta de libertação da Nação Cabindesa, pelos esforços empreendidos na época para à libertação de Cabinda, com a fundação da FLEC (Frente de Libertação do Enclave de Cabinda), a partir de três movimentos, MLEC ( Movimento de Libertação do Enclave de Cabinda) de Luís Ranque Franque; CAUNC (Comissão de Acção da União Nacional dos Cabindas) de Henriques Tiago N´Zita e ALLIAMA ( Aliança Maiombe) de Eduardo Sozinho. Geração que teve o ponto mais alto com a inclusão do “Problema de Cabinda” na Agenda política da Comunidade Internacional (Organização das Nações Unidas – ONU e Organização de Unidade Africana – OUA) e que deveria ter sido o 39 Território Africano (da África Central), o Congo Português a ser descolonizado (que deveria na época ascender à independência) na vaga independentista de África na década de 60 e 70, só para recordar.
“Mas após o 75 com a independência de Angola, a resolução do conflito de Cabinda passou a conhecer outros meandros (…) aí vamos verificar as interferências das potencias, a ganância dos movimentos que lutaram para a independência de Angola, tendo se complicado a situação, concluiu assim Chiânica Brás a sua visão sobre a resolução do processo do “Problema de Cabinda” até 1975.
Quer saber mais sobre os outros pontos abordados na “Grande Entrevista” com o activista José André Chiânica Brás?
Quer saber ainda sobre o seu ponto de vista de como a Nação Cabindesa foi anexada à República de Angola?
Acompanhe o link do vídeo, uma produção da MBEMBU BUALA PRESS (A VOZ DE CABINDA).
E atenção!
Esta é a primeira parte da Grande Entrevista com o Dr. José André Chiânica Brás, a segunda parte será exibida brevemente!
“INFELIZMENTE CABINDA NÃO É UMA TERRA QUALQUER, É UMA TERRA QUE BROTA ÓLEO, BROTA PETRÓLEO EM TUDO QUE É CANTO”, Chiânica Brás em Grande Entrevista, na Mbembu Buala Press (A Voz de Cabinda).
Muito obrigado pela atenção!
Texto de José Kabangu
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