
Efectivos da policia angolana em Cabinda estão a ser acusada de terem morto o jovem Cabindense Damião Gomes Mabiala no dia 24 de julho de 2020 na aldeia de Binga Grande, município do Buco Zau, em Cabinda.
Segundo Alexandre Kuanga Nsito (presidente da ADCDH) que denunciou o trágico incidente disse que os efectivos da policia nacional de Angola estacionados no Buco Zau efectuaram “disparos indiscriminadamente contra garimpeiros de ouro” nas matas da aldeia de Binga Grande na data já referenciada, onde duas balas atingiram mortalmente o jovem Damião Gomes de aproximadamente 22 anos de idade.
O velório decorreu na vila do Buco Zau no bairro 1º de Maio junto a igreja católica em Cabinda.
Kuanga Nsito denuncia por outro lado que o agente da policia angolana que efectuou os disparos que vitimaram Damião Gomes Mabiala se encontra em liberdade e bem como o resto dos efectivos que participaram da acção. Os efectivos da policia angolana em Cabinda alegaram por seu turno que Damião Mabiala perdeu a vida depois de ter embatido contra as árvores no interior da mata de Binga Grande no momento que se deu a perseguição policial aos garimpeiros, tendo depois sido atingido com os dois disparos.
Versão que não convenceu Alexandre Kuanga Nsito que exigiu a realização de uma autópsia para se apurar a realidade dos factos. E a verdade é que persiste um braço de ferro entre a família do malogrado Damião Mabiala e a polícia nacional de Angola. De certeza absoluta que nos próximos mais pormenores virão à tona sobre esse triste acontecimento.
A Voz de Cabinda apurou que as autoridades locais emitiram em 2017, licenças de exploração artesanal, que foram distribuídas pelo governo angolano, a um número considerável de garimpeiros (ouro) do Buco Zau e Belize no período da campanha eleitoral do MPLA.
Não obstante à isso (mesmo com as licenças de exploração), os garimpeiros de Buco Zau e Belize, continuam a ser detidos.
Tal como sucedeu com cerca de 20 jovens que praticavam o serviço de garimpo de ouro, naturais do Município do Buco Zau, que foram detidos no dia 20 de Setembro de 2019 em Cabinda “Webinho, Dalton, Bob, Andrito, Pedrito (Man-Pepas) e Nox, só para citar estes. Numa operação conjunta levada a cabo por efectivos da polícia angolana, pelos agentes florestais do (IDF), soldados das Forças Armadas Angolanas e efectivos da Empresa de Segurança Teleservice, esta última que foi contratado pela empresa responsável pela exploração de Ouro naquela região.
Já no Município do Belize, foram detidos no dia 18-10-19, cinco (05) garimpeiros de ouro, igualmente pela polícia nacional angolana, em pleno exercício da actividade. Entre os detidos estavam Marcos Massungo e João Kibembo.
Texto de Baveka Mayala
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