MANIFESTAÇÃO DOS CABINDAS “NO DIA” O1 DE FEVEREIRO DE 2021 EM LUANDA

Parece um sonho, não é! Mas é real a informação que circula nas redes sociais sobre à manifestação dos activistas de Cabinda residentes em Luanda (Angola) no dia 01 de Fevereiro de 2021 de fronte a embaixada Portuguesa sito na Avenida de Portugal. 

Para assinalar os 136 anos da assinatura do Tratado de Simulambuco, efectivado em 01 de Fevereiro de 1885, “entre a coroa Portuguesa e os príncipes de Cabinda, que tornou aquele território um protectorado português”, tal como assinalam os promotores da manifestação no comunicado oficial que a Mbembu Buala Press ( A Voz de Cabinda) teve acesso. 

Manifestação que sairá as ruas da capital angolana sob o lema “CABINDA NÃO PODE CONTINUAR A SER UMA SIMPLES MINA DE OURO”. 

Outrossim, os promotores da manifestação em causa, acusam a República de Portugal de ser “o principal causador da guerra e da desgraça em Cabinda, por não ter cumprido com a sua obrigação de proteger Cabinda contra qualquer invasão, como ficou determinado na assinatura do Tratado de Simulambuco e por ter anexado Cabinda à Angola, nos acordos fracassados de Alvor (Portugal), sem consultar os cabindeses”. 

DADOS IMPORTANTES DA MANIFESTAÇÃO DOS CABINDAS NO 01 DE FEVEREIRO DE 2021

Local: Embaixada de Portugal, sito na Avenida de Portugal em Lunda (Angola)

Data: 01 de Fevereiro de 2021 

Hora: 13h00

OBS: É obrigatório a observação das medidas de bio-segurança, impostas pelas autoridades locais devido à Pandemia do Coronavírus.

A referida manifestação terá como principais exigências:

1-Exigir, o fim da guerra em Cabinda; 2-Exigir, que Portugal leve o caso Cabinda às Nações Unidas e na União Europeia, para que se encontre solução definitiva; 3-Exigir, que Portugal assuma os erros cometidos no passado e 4-Exigir, a libertação incondicional e imediata, de todos os presos políticos em Cabinda.

Segundo ainda o comunicado são promotores da manifestação: Makosu Sita, Saimon Claver, Laurindo Mande, Óscar Tuto, Jaime e Ricardo Ussopa. 

ANÁLISE SOBRE O EVENTO 

Se não estamos errados 2005 foi quiçá o último ano que uma manifestação pública sobre a questão política de Cabinda (verdadeiramente) teve lugar no território. De la pra cá, todas tentativas de demonstrações sobre o caso de Cabinda por Cabindas não afectos ao regime do MPLA foram brutalmente reprimidas pelas forças de defesa e segurança do partido da situação.

Que não nos deixam mentir as repressões de 2019, 28 de Novembro e 12 de Dezembro de 2020 sendo as mais recentes que culminaram com a detenção dos promotores e participantes. E que não se esqueçam que em Cabinda continuam presos, Maurício Gimbi, Presidente, André Bonzela, Vice-presidente e João Mampuela, Chefe do Gabinete presidencial, todos membros da União dos Cabindeses para Independência – UCI. 

Saudar aqui os promotores pela visão e coragem uma vez que em Angola se pode manifestar e em Cabinda é estritamente proibido. Agora! Será que o governo angolano sob a liderança do General João Lourenço deixará Cabindas “denunciarem as gravíssimas violações das liberdades fundamentais” ao longo dos 45 anos da presença do MPLA em Cabinda. Vamos ver para crer..!

Finalmente, fica um alerta à Comunidade Internacional sobre a manifestação em questão caso aconteça algo contra a integridade física dos promotores que o governo angolano seja responsabilizado. 

Texto de Baveka Mayala 

#Mbembubualapress

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