O braço armado da Frente de Libertação do Estado de Cabinda anunciou que matou sete soldados, a poucos dias de uma visita do Presidente João Lourenço ao enclave. Ataque não foi confirmado pelas Forças Armadas Angolanas.
O braço-armado da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) reivindicou esta segunda-feira (09.08) ter matado sete soldados das Forças Armadas Angolanas (FAA) num ataque realizado na madrugada, prometendo continuar os ataques até que Luanda assuma um “diálogo franco”.
O anúncio é feito a poucos dias de uma visita de trabalho do Presidente angolano ao enclave. Segundo a imprensa angolana, João Lourenço estará em Cabinda na sexta-feira e no sábado (13 e 14.08).
“Na madrugada desta segunda-feira, isto é, pelas 03:04, um ataque levado a cabo por Comandos do Grupo 18, juntamento com as tropas especiais do CEMG [chefe do estado-maior general, Paulo Certeza] ‘Kiedika’, das Forças Armadas Cabindesas (FAC), resultou na morte de sete soldados das FAA e vários feridos no Tando Bilala, perto de Tchitanzi, zona de Lico, junto da fronteira com a República do Congo”, diz um comunicado da FLEC/FAC citado pela agência de notícias Lusa.
Na nota, as Forças Armadas Cabindesas (FLEC/FAC) acrescentam que recuperaram uma arma e várias munições “abandonadas pelo inimigo”.
Nenhuma fonte das FAA confirmou a ocorrência destes confrontos militares com a FLEC.
Movimentações na fronteira
A FLEC/FAC referiu também que se observa “muita movimentação das tropas congolesas vindas para apoiar os colegas do Exército angolano junto da fronteira”.
“Cabinda está ocupado ilegalmente e as nossas forças continuam e continuarão a defender o nosso território até que Angola venha assumir diálogo franco e de forma inclusiva” com a FLEC/FAC e a sociedade civil “que compõe os verdadeiros filhos da terra”, concluem.
DW