E desta vez o visado que até agora se encontra detido no SIC é Geraldo da Costa Divino, activista cívico e membro do Bloco Democrático – BD que foi preso nesta quarta-feira, 11, em Cabinda.
Segundo relatos a detenção surpresa pode estar relacionada com o processo crime que pesa sobre este quando em 2020 tentou organizar a manifestação sobre os 500 mil empregos prometidos por João Lourenço, presidente do MPLA e da República de Angola no pleito eleitoral de 2017 que com o andar da carruagem certamente a promessa não será cumprida uma vez que está nos últimos meses do mandato. Geraldo só não foi preso em 2020 por ter se refugiado na sede do parlamento em Cabinda.
Segundo ainda relatos Geraldo Divino foi barbaramente torturado no SIC, após a detenção do dia 11. E as reações não se fizeram esperar quer por parte de políticos e activistas cívicos em Cabinda e Luanda que denunciaram o sucedido.
O Presidente do BD, Dr. Filomeno Vieira Lopes, ‟manifestou o seu profundo repúdio pela prisão política do membro do seu partido e está claramente indignado com os actos de tortura visando a integridade física deste e exige o fim do tratamento desumano violador dos direitos humanos e a libertação imediata do GERALDOˮ, por um lado.
Por outro, Vieira Lopes, apelou aos militantes do Bloco Democrático em Cabinda para a preparação de acções de protesto sobre esta e outras prisões políticas, inadmissíveis num estado de Direito Democrático, segundo se pode ler na nota de imprensa do BD difundida nas redes sociais.
Apesar de ainda não se saber as verdadeiras razões que motivaram a detenção do activista por parte das autoridades locais, Mauricio Gimbi, presidente da UCI revelou que na semana passada, Geraldo da Costa Divino, ligou à várias figuras quer cívicas e políticas de Cabinda ‟denunciando que estava a ser persuadido por alguns sectores a aceitar o cargo de administrador do mercado de Cabassango, onde ganharia mensalmente 600 mil kwanzas, o que este pelos vistos acabou por rejeitarˮ. Será este o real motivo da perseguição política do MPLA ao activista de Cabinda?
Magaliza Zola
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