MASUWA O CIDADÃO DE CABINDA ASSASSINADO PELAS FAA

Nos parece que à comunidade internacional está satisfeita com à actuação das Forças Armadas Angolana no toca ao extermínio do povo de Cabinda, principalmente refugiados, com proteção internacional à luz do direito internacional humanitário.

Depois de terem assassinado fria e barbaramente Rafael Gomes Lelo “RAFA” no dia 10 de Julho do corrente ano, na aldeia congolesa de Tele (República do Congo Brazzaville) na área de Tchiminzo, refugiado de Cabinda que residia na aldeia acima descrita.

Agora foi a vez de Francisco Malonda Gomes, mais conhecido por ”Masuwa” que foi gravemente ferido no pescoço pelas tropas angolanas, durante à operação militar das FAA que culminou com a invasão do centro de refugiados de Nlundu Matende em Lukula na RDC no pretérito 15 de Agosto do corrente ano. Apesar de ter sido transportado para o hospital de Kangu, Francisco Malonda Gomes “Masuwa” não resistiu aos ferimentos acabando por falecer no domingo.

Como se pode ver na foto abaixo:

Francisco Malonda Gomes “Masuwa” foi um dos combatentes da FLEC que participou na designada “Guerra Clássica” em 1975. Durante os combates foi gravemente ferido numa perna, tendo ficado com a mobilidade reduzida. Por esse motivo Francisco Malonda Gomes “Masuwa” não conseguiu fugir atempadamente durante a ofensiva das tropas angolanas em Nlundu Matende.

Refugiado no centro de Nlundu Matende, Francisco Malonda Gomes “Masuwa”, natural da aldeia de Macama Nzila na comuna de Tando Zinze em Cabinda, era Pastor da igreja do Cristianismo Profético em África (CPA), da corrente Lassista.

O ataque das tropas angolanas ao centro de refugiados de Nlundu Matende já foi comunicado ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), responsável pelo centro.

Até este momento o ACNUR ainda não reagiu, segundo apurou à e-Global que também denunciou à acção das FAA.

Estimados compatriotas Cabindenses, de Miconje ao Yema e de Massabi ao Zenze do Lucula, quantos cidadãos de Cabinda, terão mais de perder a vida? Pelo simples facto de reivindicarem o seu direito natural à Autodeterminação!

Situações desta natureza, não teriam lugar se o governo angolano (liderado pelo MPLA) primasse pelo diálogo e não optasse pela guerra, como principal estratégia para à resolução do Problema de Cabinda.

Infelizmente o MPLA, ignora totalmente os apelos ao diálogo e prefere recorrer à estratégia de extermínio para desencorajar quaisquer actividades pró-independentistas, sendo na verdade o principal objectivo do povo de Cabinda e que arma nenhuma ousará silenciar.

Caros, compatriotas são acontecimentos desta natureza que devem nos fazer parar e refletir na urgência da continuidade de sensibilização e moralização da sociedade cabindense “principalmente os mais jovens” sobre o nosso direito à Autodeterminação. Pois o país colonizador é alérgico à essa verdade factual, de que os Cabindas lutam para à sua emancipação e que o território de Cabinda, foi anexado à Angola em 1975 no fatídico Acordo de Alvor. 

Que fique expresso, já mais nos calaremos até a realização de um processo negocial de acordo as normais internacionais de Resolução de Conflito e na base de um diálogo aberto, sincero e inclusivo, com os dignos representantes que o povo de Cabinda, aprovar.   

Não obstante o apelo ao diálogo (entre Cabindas e o governo angolano), convido todos os filhos de Cabinda à denunciando junto das instituições internacionais de defesa dos direitos humanos e não só, a barbárie e o Terrorismo de Estado que continua a ser perpetuado pelo governo angolano e pelo presidente do MPLA e de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço que deve ser responsabilizado criminalmente pelo Tribunal Penal Internacional – TPI, pelo extermínio das etnicidades do povo de Cabinda, que lutam pacificamente pelo seu direito natural à Autodeterminação. 

O desespero de João Manuel Gonçalves Lourenço (JLO), é tão grande, que as suas estratégias em Cabinda, são contra à Carta das Nações, contra a Declaração Universal dos direitos Humanos e contra todas outras normas internacionais, fazendo de tudo para que MPLA e o governo angolano, continuem à ocupar militarmente o território de Cabinda, que permanece sob colonização angolana, aonde o regime ditatorial angolano do MPLA, extinguiu as liberdades fundamentais (reprimindo o exercício da liberdade de manifestação e de reunião), com o apoio dos órgãos de defesa e segurança. 

Só para recordar no dia 30 de Janeiro de 2019, João Lourenço autorizou o início da operação militar “ VULCÃO”, no território de Cabinda que se estende até aos dois Congos, tendo como principal objectivo o extermínio da Flec Fac e de todos os independentistas Cabindenses que optarem pela via aramada e não só, para libertar o território de Cabinda das masmorras do MPLA. 

Os resultados são evidentes pela natureza da operação que não se coaduna com os discursos demagógicos e eleitoralistas, proferidos por JLO sobre Cabinda. 

Esses resultados estão a olho nu, pois os recém assassinatos dos compatriotas Francisco Malonda Gomes “Masuwa” e Rafael Gomes Lelo “RAFA”, do jovem Ngoma Ngiangi (cidadão da RDC, morto pelas FAA a 12 de Maio/2019) e de um outro cidadão da RDC não identificado no dia 17 de Junho do corrente ano, pelas FAA, integram o leque de acções militares, actividade de inteligência e contra inteligência quer em Cabinda e nos países limítrofes que se tem traduzido em mais intimidações “principalmente no interior”, detenções ilegais e torturas, execuções sumárias, perseguição aos activistas dos direitos humanos e bem como a violação sistemática dos direitos humanos. 

Porém, hoje é ponto assente que João Lourenço é inequivocamente contra Autodeterminação do povo de Cabinda ( não só pelas suas posições, em círculos restritos sobre o Problema de Cabinda), pois, muitos acreditaram que  implementaria um Processo de Paz que através de um diálogo inclusivo, franco e aberto, se poderia alcançar uma paz definitiva, nas vestes de Presidente de Angola, eis que João Lourenço, apostou precisamente na guerra para resolver o Problema de Cabinda!..

É importante recordar ao governo angolano e ao MPLA que o direito à Autodeterminação não prescreve, não se transmite nem perde a sua eficácia, pois é um direito inviolável, inalienável e incessível, mas também imprescritível.

PAZ, JUSTIÇA E LIBERDADE PARA O POVO SOFREDOR E INDEFESO DE CABINDA!

SOLICITAMOS O FIM DA OPERAÇÃO VULCÃO, SOMOS PELA OPERAÇÃO DIÁLOGO ABERTO E INCLUSIVO

SOLICITAMOS AINDA O FIM DA VIOLAÇÃO SISTEMÁTICA DOS DIREITOS HUMANOS E AOS CRIMES DE GUERRA NO TERRITÓRIO DE CABINDA

POVO DE CABINDA DIGAM NÃO ÀS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS, PRINCIPAL OBJECTIVO DO MPLA, COM MARCOS ALEXANDRE NHUNGA.

VIVA O POVO DE CABINDA DE MICONJE AO YEMA E DE MASSABI AO ZENZE DO LUCULA!

VIVA À INDEPENDÊNCIA TOTAL DE CABINDA!   

Texto de José Kabangu 

© 2019 A VOZ DE CABINDA – MBEMBU BUALA, PELA VERDADE E JUSTIÇA – CABINDA ACIMA DE TUDO E DE TODOS

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