A denúncia é do ex-presidente Padre Félix Roberto Cubola Kinyumba.

Por Mbembu Buala Press
Menos de três meses após ser “eleito por unanimidade”, durante uma reunião em Acra, presidente do recém criado Alto Conselho de Cabinda (ACC), o padre Félix Roberto Cubola Kinyumba decidiu demitir-se do cargo a 11 de Janeiro.
No mesmo dia, o secretário-geral da organização, André Massanga, assina um comunicado em que confirma a decisão do padre Félix Cubola e precisa que a coordenação do ACC “passa doravante para a Mediação internacional da OAD (Organização para o Desenvolvimento Africano) até a aprovação dos referidos Estatutos e demais documentos legais, que definirão o modelo de funcionamento do mesmo”.
Em declarações à e-Global o padre Félix Cubola explicou que entre os motivos da sua demissão está o “surgimento de um ACC paralelo” que “não dava conhecimento das suas actividades a ninguém”. O ex presidente do ACC salientou também o “problema de egos no interior do ACC” e de “muitos disputarem e pretenderem o lugar do presidente”.
Uma posição que não é partilhada pelo Coordenador Geral do ACC, para as áreas de Relações Exteriores e das Negociações, Fidel Casimiro, que destacou a problemática de o padre Félix Cubola “não ser uma figura consensual” e que “os seus conflitos com o Bispo de Cabinda prejudicam importantes acções que o ACC pretende levar a cabo”.
Com o debate gerado na sequência da demissão do presidente do ACC, esta quinta-feira, 16 de Janeiro, o padre Félix Cubola difundiu uma mensagem em que critica o que qualifica de “os apetites de certos irmãos ambiciosos do poder” e denuncia um “golpe de estado visivel; bem constatado e com pessoas manifestes foi consumado”, devido a que, entre outros motivos, segundo o padre Félix Cubola, os actos que seguiram a sua demissão não respeitaram os procedimentos normativos habituais.
“Quando somos amadores políticos e hipócritas com vontade desmedida de ambição exagerada do poder as coisas correm assim e acabamos dar razão aos que diziam e pensavam que os que compunham o ACC estavam a resolver um problema e não o problema de Cabinda”, acusou o padre Félix Cubola na sua mensagem.
Antes da demissão do padre Félix Cubola da presidência da organização, uma reacção do Vice-Presidente do ACC, para área Política e Jurídica, Belchior Lanso Tati, revelara também indícios de crise e mal-estar no Alto Conselho de Cabinda.
Reagindo ao comunicado do ACC de 05 de Janeiro relativo aos “Critérios de indicação dos membros da comissão de negociações”, Belchior Lanso Tati, através da Frente Consensual Cabindesa (FCC), vincou que “não aceita nem tão pouco respeita” o conteúdo do referido comunicado do ACC “por estar altamente viciado, e não vinculado ao espírito de Acra”. No mesmo documento aconselha “o controlo das emoções descontroladas, o orgulho exagerado, e o não reconhecimento das opiniões dos outros”.
Fidel Casimiro minimizou também a reacção de Belchior Lanso Tati, e considera que a sua posição não irá afectar o funcionamento do ACC. Para Fidel Casimiro as actuais convulsões que afectam o Alto Conselho de Cabinda são resultado da inexistência de Estatutos da organização que estabeleceriam as regras de funcionamento e determinariam as competências, por esse motivo o Coordenador Geral do ACC, para as áreas de Relações Exteriores e das Negociações defende que é “urgente” a conclusão e aprovação dos Estatutos da organização.
eglobal
Esses movimentos que se criam em Cabinda até agora ainda continuam com esses problemas?
Assim não vamos avançar, todos querem opinar, todos querem serem chefes, todos querem mandar, são tantos movimentos independentistas mas nem água vai, nem água vem, Eu sou do prisma que nós os Cabinda devemos nos organizar bem, ainda há muita imaturidade no seio dos que dizem ser independentistas, muitos orgulhosos, amadores políticos e hipócritas com vontade desmedida de ambição exagerada.
Assim mesmo queremos avançar?
Nem independência se temos mas estão sempre a se separar, como é que os inimigos não nos vão dizer que não temos união?
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