A CHAMA DA TOCHA PARA INDEPENDÊNCIA TOTAL DE CABINDA CONTINUA VIVA CARLOS VEMBA

A CHAMA DA TOCHA PARA À LUTA DA INDEPENDÊNCIA TOTAL DE CABINDA, CONTINUA VIVA! GARANTE CARLOS VEMBA PRESIDENTE DO MIC

Na íntegra o diálogo franco e aberto com o Carlos Vemba, Presidente do Movimento Independentista de Cabinda – MIC que foi acompanhado nessa interação por António Tuma, secretário adjunto para informação e comunicação da organização.

No link do vídeo em anexo poderá acompanhar à íntegra do diálogo:

Carlos Vemba, começou por esclarecer que à actividade do dia 10 de Dezembro de 2019 abortada pelas forças de defesa e segurança de Angola presentes em Cabinda, deixou em estado de alerta e de sítio às autoridades angolanas em Luanda. Garantindo que o MIC está mais concentrada em trabalhar, “Mais do que falar é trabalhar! É falar menos e trabalhar mais”.

Fonte: avozdecabindambembubuala.com

Quanto à resolução do Problema de Cabinda, acredita que a solução está para além da vontade dos angolanos.

“Quando eu digo que à resolução do Problema de Cabinda não depende exclusivamente dos angolanos, isso quer dizer que existem organizações internacionais que não podem fugir dessa responsabilidade”, cintando os exemplos da Organização das Nações Unidas – ONU e da própria União Africana – UA.

“Porque nós sabemos que Luanda não quer perder o ninho dourado que se chama Cabinda”, acrescentou Vemba. Esclarecendo que à realização do referendo para Independência de Cabinda, não depender das autoridades angolanas, mas sim das instituições internacionais.

“A realização do referendo não depende de Luanda, não fizemos uma manifestação que solicita à realização de um referendo. Nós demos a conhecer à Luanda e ao Mundo”.

“Nós vamos depender das Nações Unidas, é a ONU que apadrinhou a nossa sentença no acordo de Alvor”, acrescentou o presidente do MIC.

Por essa razão, Carlos Vemba entende que são às Nações Unidas que têm à obrigação de “rebuscar o dossier de Cabinda” e retorna-lo à ribalta. Justificou por outro lado, que o MIC solicitou à realização do referendo por se enquadrar nas “normas de resolução de conflito”, estipulado pela própria ONU, segundo este.

Tendo em conta que é de opinião que é só com um sufrágio universal livre e sem interferência de países terceiros que se encontrará uma solução definitiva para o Problema de Cabinda.

Já o António Tuma, na sua intervenção revelou-nos as principais razões que o levaram à participar directamente na Luta de Libertação do Estado de Cabinda das masmorras do MPLA.

E tudo teve início num passado recente precisamente em 2016 à quando da detenção e prisão do Engenheiro José Marcos Mavungo, defensor dos direitos humanos e do direito à Autodeterminação do povo de Cabinda.

“E eu tenho dito a ele que por causa dele, eu me tornei na aquilo que sou hoje. E por causa de Cabinda me tornei na aquilo que antes nunca fui”, afirmou Nelinho Tuma.

Que espera ver Cabinda um dia independente, sendo o principal objetivo da sua luta!

Com relação às megas manifestações, por um lado Nelinho Tuma deixou um apelo à comunidade internacional para que pressione o governo angolano em aceitar à realização do referendo para independência Total de Cabinda, caso contrário às megas manifestações não terão fim, tendo advertido por outro lado.

Apesar de não ter avançado novas datas, mas garantiu para breve uma nova onda de manifestações do MIC em Cabinda, com ou sem à libertação dos oito membros do MIC que continuam detidos na Cadeia Civil em Cabinda, desde o dia 10 de dezembro do ano transato.

Sobre estes revelou ser real à denuncia feita pelo MIC, sobre à tentativa de envenenamento à estes membros, garantido que à informação lhe fora transmitida por duas fontes seguras e bem posicionadas no seio dos serviços de inteligência do estado angolano (SINSE E SISM), por meio de uma conversa mantida com os mesmos via telefónica, onde os interlocutores transmitiram o seguinte: “Após a vossa saída há um plano, altamente arquitetado pelo governo angolano a fim de silenciar as vozes de que lá restaram, por via de envenenamento em parceria com à penitenciária da Cadeia Civil”.

Tendo em conta à gravidade da situação Tuma foi obrigado à denunciar o suposto plano para o bem dos oito membros do MIC.

Que continuam detidos por culpa do procurador Ndogala e que se recusa até hoje em cumprir o despacho do Juiz Sapalo que determina à restituição a liberdade dos mesmos, garantiu Nelinho Tuma.

Que avançou ainda estar em via à preparação de um recurso (dossier) por parte de Mananga Padi advogado do MIC para à reposição da legalidade.

Mas que infelizmente poderá sofrer algumas alterações após o assalto às instalações do advogado Mananga Padi, onde os assaltantes levaram consigo computadores e todo o processo relacionado à defesa do MIC, segundo relatos das denúncias registadas nas redes sociais, recentemente.

Com relação ao governador Marcos Alexandre Nhunga, Tuma o considerou como sendo uma “marioneta” usada pelo MPLA! E que não se vão registar melhorias em Cabinda no seu consulado. “É um inocente que veio apenas para ter problemas com os seus irmãos e que vai continuar a ter enquanto não se demitir ou pedir transferência para um outro território, fora de Cabinda”.

Precisou ainda Nelinho Tuma sobre o governador de Cabinda.

Ao concluir não deixou de denunciar à militarização de Cabinda pelas autoridades angolanas. “A cada dia que passa Cabinda vai se transformando num território mais militarizado (…)”.

Na retomada do diálogo com Carlos Vemba, apesar de não ter avançado os meandros e os pormenores técnicos Vemba garantiu que à realização de um referendo para independência Total de Cabinda vai continuar à ser um dos principais objectivos do movimento que lidera.

Que garantiu estar muito coeso internamente, Vemba avançou ainda que vamos continuar a ter um MIC mais robusto e estratégico, mas sobretudo pacífico apesar da guerra fratricida que as autoridades angolanas continua à implementar em Cabinda.

“E aproveito a ocasião para deixar uma mensagem directa e exclusiva ao presidente de Angola, João Lourenço, com o seguinte teor:

“É mais fácil tirar a vida de um Cabinda do que tirar o espírito independentista a esse povo”.

Com relação as várias plataformas políticas de Cabinda e em particular o Alto Conselho de Cabinda – ACC, Carlos Vemba foi peremptório em afirmar que o projecto não terá pernas para andar, tendo em conta às entidades que integram o projecto.

Que considerou de estarem “enlameadas politicamente” e que não são dignos e nem se quer oferecem confiança política.

Revelou-nos ainda que o ACC é um projecto forjado pelo governo angolano na pessoa do seu presidente com objetivo de substituir o FCD no sentido de se forjar um novo acordo para Cabinda. E reiterou que o MIC reprova categoricamente à existência do ACC.

“É só um mero projecto que veio para ficar no papel”. Rematou.

Nas suas considerações finais, o presidente do MIC disse que à organização que dirige vai continuar a defender com unhas e dentes os interesses e direitos do povo de Cabinda e, não se esqueceu de endereçar palavras de apreço aos membros que continuam detidos na Cadeia Civil no sentido de continuarem firmes na luta porque o caminho é para frente!

“Ninguém vai desvirtuar o projecto Luvassa Norte”, garantiu Vemba.

Pois para este Cabinda é à pátria imortal e, é da responsabilidade dos seus em libertá-la.

Contudo, Carlos Vemba não deixou também de apelar à união entre os movimentos independentistas de Cabinda, afirmando que o MIC não vai monopolizar à luta de libertação do estado de Cabinda e para se resolver o problema apontou duas saídas.

À libertação pela via armada ou pela via pacífica (com manifestações nas ruas)!

“Cabinda é nossa Mãe Pátria e ela continuará a ser imortal” concluiu Carlos Vemba, presidente do MIC.

Texto de José Kabangu

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