AS LIGAÇÕES ENTRE A CHINA E CABINDA

VERDADES “HISTÓRICAS E JURÍDICAS” QUE INTERLIGAM A CHINA E O TERRITÓRIO DE CABINDA“

Desde que o grande Dragão do Extremo Oriente despertou, o mundo deixou de ser o mesmo, pois a cada dia que passa é quase inevitável a consolidação do poder da China quer economicamente e militarmente neste Século XXI, sobrepondo-se à grande parte dos países ocidentais ao acesso dos recursos naturais em África.

Fonte: avozdecabindambembubuala.com

Artigo de opinião(*)

THE DRAGON STILL I RISE”!

As ilações sobre a Consolidação do poder da China no Mundo podem ser compreendidas nesta longa-metragem emitida pela estação pública portuguesa “RTP” que relata sobre a questão e segundo esta.

Veja o vídeo aqui no nosso canal do Youtube: https://youtu.be/4mfCViEygqI

“O Presidente Xi propôs construir um exército de primeira linha que seria o exército mais poderoso do mundo, mais poderoso que o dos Estados Unidos da América. Em duas ou três décadas, em 2049, ultrapassaremos os E.U.A em termos de poder militar. Não há qualquer dúvida, segundo enfatizou um dos entrevistados.

Xi decidiu demonstrar o seu poder bélico no Mar da China Meridional e no pacífico. Reza a história que defronte das bases norte-americanas, estiveram em destaque na região, desde da Segunda Grande Guerra, destacou o apresentador.

SURPREENDENTEMENTE EM 2012 A CHINA COMEÇOU À ANEXAR ÁGUAS TERRITORIAIS E ILHAS PERTENCENTES A PAÍSES VIZINHOS COMO O JAPÃO, FILIPINAS, MALÁSIA E VIETNAME, REIVINDICANDO A SOBERANIA HISTÓRICA SOBRE QUASE TODO O MAR DA CHINA.

Felizmente à China com o poder acumulado ao longo dos anos e, que se consolida a cada dia que passa, se analisarmos as estratégias desta na liderança da luta contra à Pandemia do Coronavírus (Covid-19), transformando-se no centro principal de exportação do material para se fazer face ao coronavírus a nível do mundo. E que pode hoje em pleno Século XXI servir-se desse poder para reivindicar a soberania histórica sobre o Mar da China, com à anexação de águas territoriais e ilhas, onde já ergueu bases militares.

Infelizmente ao povo de Cabinda ainda é negado “por enquanto” o seu direito à Autodeterminação tendo em conta o seu passado histórico e Jurídico, onde a verdade é indelével e teimosa, pois contínua presente até aos nossos dias, como ficou plasmado na Constituição da República Portuguesa de 1933 que certificava no Artigo 1 a distinção do Território de Cabinda e Angola, como se pode verificar no n.2, o reconhecimento do Estado Português dessa verdade histórica e Jurídica:

“Na África Ocidental: os arquipélagos de Cabo Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe e seus dependentes, São João Baptista de Ajudá, CABINDA e Angola”, só para citar. Logo Cabinda e Angola são e continuarão a ser territórios distintos.

Conhecendo a verdade sobre o passado histórico e jurídico do Território de Cabinda, o ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos, em 1992 tentou aconselhar os Cabindas à esquecerem os Tratados assinados entre as Autoridades Nativas Cabindas e Portugal, então assinados entre 1883-1885 que estabeleceram para o futuro, obrigações recíprocas que comprometiam o Estado Português e os Cabindas, como se pode certificar na Constituição da República Portuguesa de 1933 “Esqueçam os tratados, a base negocial hoje é outra” para mais tarde forjar e forçar à assinar do Memorando de Entendimento do Namibe (2006), onde as bases de discussão negocial foram todas ditadas unilateralmente por Angola (MPLA). Hoje são evidentes os objectivos reais do memorando, José Eduardo dos Santos e o MPLA provaram do seu próprio veneno e ao se apercebem do deslize abortaram a implementação do acordo que conviemos e convenhamos que foi um total fracasso.

Cabe ao actual presidente angolano, João Lourenço ignorar as orientações expressas do seu ex-chefe sobre o “Dossier Cabinda”, como as autoridades angolanas (MPLA) designam o Problema de Cabinda. Mas as evidências nos levam a concluir que não, pois para além de fingir ignorar o Problema que diz ser “uma tempestade em copo de água” no terreno a realidade é bem diferente, onde contínua à autorizar operações militares secretas (Vassoura-5) das forças de defesa e segurança angolanas ao nível de todo território de Cabinda e na diáspora Cabindesa, com o objectivo de neutralizar todas quaisquer iniciativas independentista dos Cabindas.

É oportuno e pertinente recordar às autoridades angolanas que esse passado histórico e jurídico, outorga ao Território de Cabinda à luz do direito internacional, o direito de tornar-se independente quer de Portugal “Estado Proctetor” e quer do estado a que foi, involuntariamente anexado, a República de Angola.

Contudo, independentemente do estado das relações entre a China e Angola(que são mais movidas pelos interesses da China aos recursos naturais e não em Parcerias Estratégicas, os líderes independentistas de Cabinda devem envidar esforços para estabelecerem com à China (potência em ascensão) Parcerias Estratégicas para além dos recursos naturais, o sector de defesa e segurança deveria ser o ponto de partida facto que poderá viabilizar uma maior presença militar da China na África Central, tendo em conta os factos históricos e jurídicos que nos ligam e que podem servir de pretexto para uma possível aproximação, pois para além de ser detentora de recursos naturais imprescindíveis para a consolidação do poder de qualquer país aspirante a super potência do mundo, Cabinda possui uma posição geo-estratégica privilegiada que pode ser agregado na expansão do grande projecto a Nova Rota da Seda ao Sul do Saara dada a sua vasta costa marítima.

Como recentemente defendeu Chiânica Brás “POR CABINDA, MESMO COM O DIABO EU FARIA PARCERIA” na Grande Entrevista concedida à Mbembu Buala Press (A Voz de Cabinda), mas não estamos com isso a insinuar que a China seja o Diabo como muitos pensam, mas a verdade é que a China sairia mais a ganhar com Cabinda Independente, onde seria o grande privilegiado e já não dependeria de Angola que tem ainda de ceder à pressão de outras potências (que também têm fortes interesses em Cabinda) que estrategicamente dependem dos recursos naturais de Cabinda para a consolidação também do seu poder no mundo.

DITO ISTO, É IMPORTANTE RECORDAR AS AUTORIDADES ANGOLANAS QUE O DIREITO À AUTODETERMINAÇÃO DO POVO DE CABINDA É IMPRESCRITÍVEL.

Texto de Mwenyema

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Foto: Cabinda Flec Fac

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