MPLA INCENTIVA GUERRA EM CABINDA

Com a temática em epígrafe é possível quiça se desenvolver ‟pesquisas científicasˮ que nos ajudariam a compreender a essência desta postura belicista do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) contra Cabinda e o seu povo,e, sobretudo, por se tratar de uma abordagem sensível e estratégica com um forte pendor político e militar. Um desafio que lançamos aos que amam Cabinda, desvendar.

Tendo em conta as últimas escaramuças entre os guerrilheiros da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda, Forças Armadas Cabindesas – FLEC FAC e as Forças Armadas Angolanas – FAA, ocorridos entre os dias 06 e 10 de janeiro-em-cabinda do corrente ano.

As autoridades angolanas intensificaram a repressão contra as populações no-interior-de-cabinda uma vez que agora o grito de socorro vem das comunas do Miconje (Belize) e Tando-Zinze (Tchiowa), onde as Forças Armadas Angolanas – FAA, convocaram recentemente as autoridades tradicionais, os regedores, sobas e os coordenadores para os informarem sobre as novas regras de ‟convivência socialˮ que do ponto de vista jurídico são inconstitucionais uma vez que violam os direitos fundamentais de qualquer ser humano mesmo que sejam para aqueles cidadãos que cujo a nacionalidade imposta só serve estritamente para cumprirem ordens e deveres como é o caso do povo de Cabinda.

De agora em diante na comuna do Miconje (Belize) em Cabinda, as autoridades locais segundo a diretiva das FAA revelada a Mbembu Buala por uma fonte familiarizada com o dossiê, as individualidades acima mencionadas deverão remeter para o devido controlo e conhecimento das FAA a lista nominal dos caçadores e dos camponeses (especialmente os que estão a realizar a colheita neste preciso momento), independentemente do sexo.

Já para a comuna do Tando-Zinze (Tchiowa), aos camponeses e aos caçadores as FAA estão a impor medidas muito drásticas como por exemplo as de abandonarem as suas lavras, proibição da caça, posse de armas de caça, posse igualmente de serra mecânico, proibição ainda de pernoitarem nas suas lavras e no caso da necessidade de subsistência aos camponeses só é permitido a frequência das mesmas no período diurno até às 15h00 sem exceção numa área onde a maioria esmagadora da população sobrevive da caça e da agricultura.

No preciso momento que vos escrevo é preciso que se saiba que o governo angolano fruto dos confrontos dos dias 06 e 10 do mês em curso, reforçou o seu arsenal bélico e humano no território de Cabinda, fala-se no desembarque de dois batalhões, uma unidade de blindados e duas companhias de fuzileiros para reforçar a patrulha nas zonas fronteiriças entre Cabinda e os Congos. E pelo incrível que pareça esse patrulhamento já é um facto no interior, apesar de não ser um dado novo, mas, que se intensificou com a movimentação massiva de militares do exército angolano pelo Maiombe dentro que agora passaram a considerar todos os populares de serem da FLEC que com isso também se intensificaram as torturas, e, para não falar das mortes que só pode ser comparado a um matadouro a céu aberto uma situação que de facto só veem agravar ainda mais as condições de vida e social das populações que já não eram das melhores a contar pelo manancial dos recursos naturais que Cabinda possui, mas, que só estão disponíveis para os generais angolanos, tal como o ouro que é explorado no Maiombe sendo um dos motivos para o incentivo da guerra em Cabinda.

APELO A COMUNIDADE INTERNACIONAL

Com base no acima exposto apelamos uma vez mais às Nações Unidas em especial ao Conselho dos Direitos Humanos da onu e as demais organizações internacionais de defesa dos diretos humanos a interpelarem o governo da república de Angola sob a presidência de João Manuel Gonçalves Lourenço que cesse imediatamente as suas práticas de terrorismo de estado contra as populações indefesas das comunas do Miconje (Belize) e Tando-Zinze (Tchiowa), pois essa agressão física e psicológica contra o povo de Cabinda só ajuda a incentivar ainda mais o espírito independentista de todos os filhos de Cabinda por meio da violência. Uma vez que a violência já mais vai gerar diálogo se não ainda mais violência.

Baveka Mayala

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